Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Glaucia Regina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/146689
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Resumo: |
A presença de espécies exóticas em ambientes ripários pode influenciar na quantidade e qualidade de folhas que são realocadas no sistema ecológico. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi determinar a influência do Eucalyptus saligna Sm. na dinâmica de produção e decomposição de folhas em três zonas ripárias, cujas hipóteses visam verificar se o estresse hídrico, a densidade e área basal do eucalipto afetam a produção de folhedo, e também constatar se a decomposição de folhas senescentes de eucalipto, em meio aquático e terrestre, ocorre mais lentamente do que das folhas nativas. A pesquisa foi realizada em três microbacias denominadas Forquilha, Monjolinho e Tinga, situadas na Estação Experimental de Itatinga, SP. Apresentam respectivamente 0,4%, 1,2% e 11,9% do total de indivíduos de eucalipto. A avaliação transcorreu durante um ano, e as folhas coletadas foram triadas em eucaliptos e nativas. Avaliou-se a entrada de folhedo por meio de coletores terrestres e verticais, distribuídos sistematicamente por ambas as margens dos rios e também sobre o curso d’água. Para maior caracterização do local, o levantamento dos parâmetros da vegetação foi realizado por meio de parcelas 5x10m e mensuradas as espécies com altura > 1,30 m e DAP ≥ 3,5 cm. Para o estudo de decomposição aquática e terrestre, avaliaram-se um mix de folhas de eucalipto, nativas e eucalipto/nativas (1:1) introduzidas em litter bags. A decomposição em meio aquático foi avaliada ao longo de 112 dias, enquanto que a terrestre passou por um processo de avaliação aos 3, 6, 9 e 12 meses. O remanescente vegetal da microbacia Tinga mostrou maior densidade (n° indivíduos/ha) e área basal (m2/ha) de eucalipto. A vegetação da Forquilha exibiu os maiores valores H (Shannon) e J (Pielou) dentre as áreas estudadas, e menor coleta das folhas de eucalipto. No geral, ocorreu maior deposição de folhedo no final do período que antecede as chuvas. Com exceção da microbacia Monjolinho em ambiente aquático, no geral as folhas de eucalipto apresentaram menor taxa de decomposição. Na microbacia Tinga e Forquilha, as folhas de eucalipto demonstraram quantidades superiores de lignina, celulose, alta relação C/N, baixa concentração de N e Ca. Na microbacia Tinga, verificou-se uma maior deposição das folhas de eucalipto. Em função de uma maior produção das folhas de eucalipto nessa área e por revelarem uma menor taxa de decomposição, sugere-se que neste local ocorre maior acúmulo de folhedo sobre o solo. Portanto o nível de conservação de uma zona ripária pode influenciar nas taxas de decomposição, na manutenção das comunidades decompositoras e nos processos ecológicos, tendo em vista que o desequilíbrio entre maior entrada de folhedo e menor decomposição altera o equilíbrio natural do ambiente. |