Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Dayane Mércia Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202124
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Resumo: |
O cártamo (Carthamus tinctorius L.) é uma planta oleaginosa que vem ganhando destaque na agricultura devido ao seu potencial produtivo de óleo, utilização na indústria alimentícia, mercado ornamental, além de indicar certa adaptabilidade a diversas condições edafoclimáticas, como baixa disponibilidade hídrica e salinidade. Como os fatores abióticos não podem ser controlados é necessário que práticas agrícolas sejam adotadas para mitigar o efeito da deficiência hídrica sobre as culturas. Neste sentido, a suplementação potássica pode ser uma alternativa, uma vez que o potássio apresenta função reguladora em vários processos fisiológicos, como fotossíntese e relações hídricas. Partindo-se do pressuposto que o potássio pode atuar na mitigação dos danos provocados pela deficiência hídrica, a presente pesquisa foi realizada com o objetivo de obter as respostas do cártamo à adubação potássica em diferentes regimes hídricos. A pesquisa foi realizada em duas etapas em ambiente protegido. A etapa I foi instalada para definição das doses de cloreto de potássio (KCl) quanto à eficiência da adubação sobre a morfo-fisiologia e nutrição do cártamo em delineamento inteiramente casualizado (DIC) constituído por quatro doses de KCl (0, 80, 160 e 240 kg ha-1) e quatro repetições. Por meio desses resultados, foram selecionadas as doses 0, 80 e 160 kg ha-1 de KCl para a etapa II, nos quais, as variáveis morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e de produção foram avaliados sob três disponibilidades hídricas (sem deficiência -10 kPa, deficiência moderada -50 kPa e deficiência severa: -70 kPa), em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial, com quatro repetições. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, regressão polinomial (etapa I) e teste Tukey (etapa II), utilizando o programa estatístico SISVAR. Na etapa I observou-se que a adubação potássica favoreceu o crescimento das plantas, bem como interferiu positivamente na sua fisiologia e na concentração de K e N nas folhas, entretanto, a dose 240 kg ha-1 de KCl proporcionou menor acúmulo de Ca e Mg nas folhas e menor fotossíntese. A morfologia, trocas gasosas e nutrição do cártamo foram otimizadas nas plantas fertilizadas com potássio em relação à dose 0 kg ha-1 até o ponto de máxima, o qual variou de 107 a 167 kg ha-1 de KCl em função da variável-resposta, com posterior declínio. Portanto, a dose de 160 kg ha-1 de KCl pode ser recomendada para o cultivo de cártamo em solos com baixo nível de K. Na etapa II verificou-se que sob deficiência hídrica a fisiologia, bioquímica, nutrição e produtividade de cártamo foram influenciados positivamente pelas doses de KCl, principalmente pela dose 160 kg ha-1, a qual não apenas diminuiu a magnitude do declínio da atividade fotossintética em plantas estressadas pela seca, como também favoreceu a recuperação após a reidratação. Entretanto, a deficiência hídrica severa afetou negativamente o cártamo. Portanto, a adubação potássica adequada aprimorou o potencial do cártamo para manter a funcionalidade fisiológica, bioquímica e produtiva em condições de seca moderada e se recuperar após a reidratação. |