Risco hidrológico: precipitações extremas, enchentes e alagamentos na cidade de Ituiutaba (MG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fonseca, Rogério Gerolineto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152414
Resumo: As inundações constituem um dos impactos ambientais mais observados nas áreas urbanas. A incidência destes eventos varia conforme as características climáticas e socioambientais das cidades. Esta pesquisa teve como objetivo principal avaliar o risco a enchentes, a alagamentos e ao escoamento superficial concentrado na área urbana de Ituiutaba (MG), a partir de suas condicionantes físicas e de suas características socioespaciais, inerentes ao processo de urbanização. Para isto, realizaram-se análises do geossistema urbano; da variabilidade pluvial com enfoque na recorrência das precipitações extremas; das ocorrências de transtornos associados ao impacto pluvial e da percepção do problema por parte da população atingida e do poder público municipal. Verificou-se que os impactos hidrometeóricos concentram-se durante os meses da primavera e do verão, quando as chuvas são mais abundantes. Em média, treze episódios chuvosos com volume a partir de 30mm/24h acontecem a cada ano, representando, assim, um potencial de danos ao ambiente urbano. De forma mais esporádica, acontecem ainda precipitações mais intensas, por volta de 90mm/24h, com potencial de impacto muito maior. Os arquivos das ocorrências do Corpo de Bombeiros e as reportagens publicadas pela imprensa local constituíram importantes fontes para o mapeamento e análise dos impactos. Como consequência desses eventos, tem-se na área central da cidade e bairros adjacentes, que são mais impermeabilizados, as ocorrências de escoamento superficial concentrado e os alagamentos. Além disso, a rede de galerias pluviais é insuficiente para drenar os locais onde os problemas são mais evidentes, principalmente em quatro áreas, sendo estas as avenidas José João Dib, Minas Gerais, Dezessete e Prof. José Vieira de Mendonça. Na primeira, observam-se alagamentos devido à deficiência na drenagem do escoamento superficial, que não consegue direcionar as águas para dentro da canalização do Córrego São José. Nos demais locais o problema é o escoamento superficial concentrado, que forma um fluxo ao longo das vertentes, suficiente para arrastar pessoas e veículos, além de provocar danos na pavimentação de ruas e calçadas. No tocante à população afetada pelas inundações, a maior parcela é formada por pessoas de baixa renda, cujas residências são mais vulneráveis ao acúmulo/escoamento de água em superfície. Este cenário demanda a atuação efetiva da administração pública no sentido de elaborar planos estratégicos para a gestão das águas pluviais.