Atendimento educacional especializado e a Educação de Jovens e Adultos: arte e estéticas inclusivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cezário, Andreza Patricia Balbino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181342
Resumo: A Educação de Jovens e Adultos (EJA) apresenta avanços legais considerando a população que não possui instrução escolar ou não conseguiu concluí-la e o aluno com deficiência. Porém a EJA demanda, ainda, de diretrizes específicas devido à ausência na articulação dos documentos para o Atendimento Educacional Especializado (AEE). A EJA requer uma formação escolar para efetivar a participação, a interação na prática da vida social e o ensino de Arte possibilita a aproximação com a cultura, com os saberes e manifestações artísticas. Como referencial, os estudos históricos, teórico-metodológicos de Paulo Freire com base nos fundamentos da educação emancipatória que defende a ação dialógica que favorece o desenvolvimento da consciência crítica. E sobre o ensino de Arte as propostas de Territórios da Arte e Cultura e as concepções da Arte como área de conhecimento. Nesse sentido, o objetivo desse estudo é compreender as vivências dos alunos com deficiência na EJA, especificamente no AEE considerando o ensino de Arte e aplicar oficinas que se relacionam aos aspectos cognitivos e psicomotores no trabalho com as diferentes linguagens artísticas e processos de reflexão. E como objetivos específicos: a) analisar as demandas de EJA e Educação Especial voltadas para o ensino de Arte e como se entrelaçam; b) analisar como o professor especialista do AEE na EJA compreende o ensino de Arte; c) propor a elaboração de um álbum seriado com adaptações curriculares. A metodologia de abordagem qualitativa, pesquisa intervenção, foi realizada em um Polo Educacional para EJA, que faz parte de uma escola de Educação de Jovens e Adultos em um município do interior do estado de São Paulo. Participaram 15 (quinze) alunos com deficiência, cuja idade variou entre 17 (dezessete) e 75 (setenta e cinco) anos e uma professora da educação especial. Foram realizadas quatro oficinas de Arte, com adaptações curriculares, na sala de Recursos Multifuncionais, espaço destinado ao AEE, no período de quatro meses. Os dados foram coletados e organizados nas seguintes categorias: observações das vivências do AEE, questionário para a professora especialista, registros descritivos e fotográficos. Após leitura minuciosa os dados foram organizados em quadros para análise descritiva, os quais ofereceram subsídios para as intervenções propostas nas oficinas de Arte realizadas no espaço do AEE. A análise foi centrada nas práticas pedagógicas dos conteúdos da Arte realizadas no AEE e os resultados da pesquisa apontaram para a necessidade de ampliar as discussões sobre as particularidades do AEE na EJA, e também, que as práticas do ensino de Arte realizadas apresentavam lacunas. Observamos a predominância da confecção artística. É essencial ressignificar às práticas pedagógicas para os conhecimentos sobre a Arte e cultura. Com relação as pesquisas sobre esse viés demonstraram reduzido número de publicações, reforça-se o olhar e as reflexões sobre a efetivação dos direitos educacionais dos alunos jovens e adultos com deficiência. Esse trabalho defende a articulação entre os professores da sala regular e ensino especial como mobilizadora da ação educativa inclusiva na EJA. O produto educacional em forma de um álbum seriado, está disponibilizado on-line com oficinas inclusivas de Arte e jogos pedagógicos.