Aspectos germinativos de espécies do campo úmido: uma formação vegetacional do Cerrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Luscenti, Renato Santana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Luz
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181235
Resumo: O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil em extensão. Sua vegetação apresenta variações consideráveis, ocorrendo desde fitofisionomias florestais e savânicas, até as campestres. Dentre essas, os campos úmidos são classificados como fisionomias campestres, cuja vegetação se estabelece em solos alagados (deficientes em oxigênio). Nos campos úmidos a vegetação é aberta, com presença de arbustos e subarbustos entremeados no estrato herbáceo, havendo incidência direta de luz solar e ampla variação de temperatura. Os campos úmidos têm grande importância na manutenção do regime dos rios e na recarga das águas subterrâneas, desempenhando assim importantes serviços ecossistêmicos. Estudos a respeito deste ambiente são escassos, principalmente relacionados à germinação. Nesse contexto, avaliamos a germinação de 11 espécies de campo úmido, na presença e ausência de luz, em temperatura constante (25°C) e alternada (30-20°C), e sob alagamento (sementes boiando e submersas na água), sendo o alagamento o principal filtro ambiental no campo úmido. Os resultados mostraram que a maioria das espécies dependeu de luz para germinar, sendo indiferente aos regimes de temperatura testados. Todas as espécies germinaram boiando e a maioria germinou mesmo quando as sementes foram mantidas em submersão (hipóxia). As sementes das espécies que não germinaram submersas mantiveram viabilidade, com exceção de Arthropogon villosus. Pode-se concluir que as plantas do campo úmido estão adaptadas ao alagamento, principalmente por possuírem sementes leves que são capazes de boiar e germinar nesta condição.