Influência de aditivos na digestão anaeróbia de dejetos bovinos leiteiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sousa, João Antônio Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214971
Resumo: O uso de aditivos, como promotores de crescimento, na dieta de bovinos, pode interferir na digestão anaeróbia (DA) dos dejetos desses animais. Desta forma, o objetivo com este trabalho foi avaliar a influência de aditivos sintéticos e naturais, na DA de dejetos de bovinos (DB) leiteiros, avaliando a produção e qualidade do biogás em ensaios batelada e semi-contínuo. O ensaio batelada, com tempo de retenção hidráulica (TRH) de 135 dias, foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial (6x3), correspondendo a seis inserções de aditivos (sem aditivo; natural 1 (Fator P Premix); natural 2 (Fator P Premix); monensina (MON); virginiamicina (VM) e MON + VM), dosados diretamente ao dejeto, e três tipos de diluições (água; ½ água e ½ biofertilizante e biofertilizante), com 4 repetições por tratamento. O ensaio semi-contínuo (TRH de 30 dias) foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com 3 tratamentos (sem aditivo; natural 1 e MON + VM) e 4 repetições. No ensaio batelada, a diluição não afetou os rendimentos de biogás e metano (277,2 e 190,4 L kgSVadic-1, respectivamente), do tratamento sem aditivo. Para a diluição com água, as adições de MON e de VM apresentaram maior influência no processo, acarretando menores rendimentos de metano (114,4 e 119,4 L kgSVadic-1, respectivamente), comparados aos tratamentos controle e natural 1 (175,6 e 174,0 L kgSVadic-1, respectivamente). As diluições com ½ água e ½ biofertilizante e com biofertilizante elevaram os rendimentos de biogás e metano dos demais tratamentos que receberam algum dos aditivos, que foram acompanhados das maiores taxas de remoções de sólidos. O biofertilizante, independente da proporção adicionada na diluição, reduziu os tempos de partida para todos os tratamentos. No ensaio semi-contínuo não houve influência do aditivo N1 e da MON+VM sobre a DA do DB, para todas os parâmetros avaliados. Portanto, o uso do aditivo natural 1 se mostrou como um possível substituto promissor aos aditivos sintéticos, uma vez que se pode evitar a ocorrência de resíduos de antibióticos excretados nos dejetos, e dessa forma permite a aplicação do biofertilizante de forma segura nas culturas, e a comercialização global de produtos de origem animal.