Espécies crípticas em Paracoccidioides brasiliensis: diferenciação antigênica e de resposta a fatores estressantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Machado, Gabriel Capella [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92448
Resumo: O fungo termodimórfico Paraccocidiodes brasiliensis, em sua fase leveduriforme, é o agente etiológico de uma das mais importantes micoses sistêmicas da América Latina, a paracoccidioidomicose. A doença pode ser fatal em sua forma aguda, além de gerar, na forma crônica, lesões principalmente de ordem dermatológica e pulmonar. O fato de P. brasiliensis ser considerado uma única entidade biológica vem sendo questionado pelos recentes achados de filogenia molecular. Atualmente acredita-se que P. brasiliensis seja um complexo de quatro espécies crípticas, S1, PS2, PS3 e P. lutzii, sendo esta última a mais distante filogeneticamente. É possível que o fato esteja interferindo em aspectos relacionados à doença, como, por exemplo, a positividade do diagnóstico sorológico. Além disso, tal especiação pode significar diferenças na biologia do fungo, em aspectos como sua morfologia, fisiologia e ocupação de nichos ecológicos.A primeira frente deste trabalho visou produzir e caracterizar antígenos a partir de cepas pertencentes às diferentes espécies de P. brasiliensis, e avaliar o desempenho das mesmas em testes de imunodifusão (ID) contra pacientes das diferentes regiões do Brasil. Melhores resultados foram obtidos com o antígeno produzido por filtrado de cultura de um isolado pertencente ao grupo PS3, o qual apresentou altas taxas do antígeno imunodominante, a glicoproteína gp43, detectável por SDS-PAGE, e apresentou boa positividade nas IDs quando cruzados com soros de pacientes da região de Botucatu, reagindo inclusive com alguns soros falso-negativos para o antígeno considerado padrão, produzido pela cepa B-339. Entretanto, este antígeno, bem como outros aqui avaliados, não foi capaz de apresentar desempenho satisfatório frente a soros de pacientes da Região Centro-Oeste, justamente os que apresentam maiores taxas de negatividade, provavelmente por serem...