Efeitos da massagem na recuperação pós-exercício à curto prazo sobre desfechos funcionais, clínicos e metabólico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Siqueira, Malu dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152868
Resumo: A massagem tem se mostrado ao longo dos anos uma técnica recuperativa amplamente utilizada no meio esportivo. Estudos demonstram resultados divergentes da técnica em termos de recuperação do desempenho funcional, clínico e metabólico após exercício. A ampla variedade metodológica destes estudos, como em relação ao momento de aplicação da massagem, pode ser uma possível justificativa para tal cenário. Assim, o estudo que investigue a magnitude dos efeitos da massagem aplicada em diferentes momentos da recuperação pósexercício merece destaque. Objetivos: analisar a resposta à curto prazo de variáveis clínicas, funcionais e metabólica em diferentes cenários: i) sem exercício ou massagem; ii) após a realização de massagem; iii) após realização de exercício; iv) após aplicação imediata de massagem pós-exercício e; v) após aplicação da massagem 1 hora pós-exercício. Método: Trata-se de um ensaio clínico randomizado do tipo do cross-over, no qual 24 participantes tiveram seus dados de desfechos clínico, funcional e metabólico analisados perante cenários diferentes: i) Cenário controle (CO): condição basal (sob nenhum estresse ou aplicação de massagem); ii) Massagem (MA): após recebimento da massagem; iii) Protocolo de exaustão (PE): após protocolo de exaustão; iv) PE+ massagem imediata (EMI): após o protocolo de exaustão seguido imediatamente de massagem; iv) PE + massagem tardia (EMT): após o protocolo de exaustão e massagem recebida 1h após seu término. O protocolo de exaustão utilizado foi constituído por 10 séries de 10 saltos e um teste de Wingate e o protocolo de massagem manual foi composto de 12 minutos de massagem, sendo 3 minutos destinados a região anterior da coxa de cada membro inferior e 6 minutos destinados ao tronco dorsal, variando de intensidade superficial a profunda intensa. As variáveis estudadas foram: dor muscular, percepção de recuperação, contração isométrica voluntária máxima (CIVM), força (1RM), potência, salto vertical e concentração de lactato sanguíneo [Lac]. A esfericidade dos dados foi testada pelo teste de Mauchly. Em caso de violação do pressuposto da esfericidade, foram utilizadas as correções de Greenhouse-Geisser. O tamanho do efeito foi calculado usando eta-square parcial (η²) e interpretado como pequeno (≥ 0,01), moderado (≥0,06) ou grande (≥0,14). Quando identificado tamanho de efeito grande, foi utilizado o teste de Friedman com pós-teste de Dunn, para dor e percepção de recuperação e, ANOVA para medidas repetidas com pós-teste de Tukey para Salto vertical e CIVM. Foi estabelecido o nível de significância de p<0,05 para todas as análises. Resultados: Observou-se que a EMI apresentou melhora antecipada dos níveis de dor e percepção de recuperação (min 12) em relação ao momento imediatamente após exercício (IAE), enquanto que o PE e EMT se recuperaram a partir de 60 minutos. A EMI apresentou efeito protetor sobre o desempenho do salto vertical, enquanto que PE e EMT levaram a redução significante de seu desempenho. Os cenários PE, EMI e EMT levaram a diminuição significante da CIVM em relação ao CO, sem diferença significante para os testes de 1RM e potência na barra guiada. Em relação a [Lac], os cenários PE, EMI e EMT apresentaram o mesmo comportamento, sem diferença entre grupos, com recuperação ao estado basal a partir do minuto 90. Conclusão: A massagem realizada imediatamente após o término do exercício físico apresentou melhora antecipada da dor e da percepção de recuperação, e a manutenção/proteção do desempenho do salto vertical. Independente do momento de aplicação da massagem após exercício, esta não alterou significantemente o comportamento a curto prazo das variáveis CIVM/peso, 1RM, potência e [Lac]. Desta forma, pode-se determinar que, para o mecanismo de estresse utilizado neste estudo, a massagem imediata foi uma boa opção quando se objetiva antecipação da melhora da dor e percepção de recuperação, e também a manutenção do desempenho de salto vertical como efeito a curto prazo.