Desenvolvimento de recobrimentos contendo micosporina tipo aminoácido (MAA) para o controle de escaldadura em frutos de laranjeira (Citrus sinensis L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pedrosa, Vanessa Maria Dantas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204365
Resumo: A laranja é um fruto amplamente produzido no Brasil e este é bastante sensível à ocorrência de distúrbios fisiológicos, como a escaldadura causada pela exposição à radiação solar, sendo um problema que afeta sua qualidade. Tradicionalmente a ocorrência desta injúria é contornada com a pulverização dos frutos com hidróxido de cálcio, contudo esta prática nem sempre é eficiente. Sabendo-se da eficiência das micosporinas tipo aminoácido (MAA) como proteção contra as radiações ultravioleta (UV) em diversos organismos aquáticos e de sua adição em protetores solares destinados à seres humanos e não havendo aplicações visando ao controle da escaldadura de frutos, este trabalho teve por objetivo desenvolver e caracterizar emulsões de base lipídica adicionada de MAA para uso na pré-colheita dos frutos de laranjeira. Para o desenvolvimento e caracterização das emulsões foram utilizadas as bases lipídicas (BL) óleo de milho (OM) e de soja (OS) e as ceras de carnaúba (CC) e de abelha (CA) a 10% (m/v) A partir dos resultados de coloração, pH, condutividade, viscosidade, teor de matéria-seca (MS), solubilidade em água, bem como da estabilidade das emulsões nos testes de centrifugação, estresse térmico e ciclos de congelamento e descongelamento, foi escolhida a emulsão contendo CC e hidróxido de amônio para a adição de MAA. Para isso foi utilizado o produto comercial Helioguard™ 365 como fonte de MAA e este foi adicionado nas concentrações de 0%, 1%, 2% e 4% (v/v) à emulsão de base lipídica. A incorporação de MAA não afetou as características tecnológicas da emulsão, como também a estabilidade da mesma. Destaca-se que com a adição de MAA foram observados aumentos na absorbância na região do UV-B (280 a 300 nm), o que possibilita o uso desta emulsão como barreira química para o controle da escaldadura. Visando confirmar a eficiência dessa emulsão em condições de campo, emulsões contendo 0%, 1%, 2% e 4% (v/v) de Helioguard™ 365 foram aplicadas na pré-colheita de frutos de laranjeiras das cultivares ‘Hamlin’, ‘Pera-rio’ e ‘Valência’, em intervalos de 21 dias a partir da primeira aplicação. Foi utilizado como controle positivo a aplicação de hidróxido de cálcio a 5% e o como controle negativo os frutos não tratados. Apesar das emulsões terem apresentado aumentos de absorbância no UVB, a adição de MAA não resultou no controle da escaldadura. Da mesma forma, não foram observadas diferenças significativas para a maioria dos parâmetros físico-químicos analisados, bem como para os parâmetros referentes ao metabolismo oxidativo, com exceção da coloração e dos teores de sólidos solúveis e ácido ascórbico para as três cultivares. Desta forma, o uso de MAA nas concentrações testadas foram pouco eficientes no controle de escaldadura em frutos de laranjeira.