Potencial de Eriopis connexa e Hippodamia convergens (Coleoptera: Coccinellidae) no controle de ácaros tetraniquídeos e do pulgão-verde-do-pessegueiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Matos, Sidnéia Terezinha Soares de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202399
Resumo: Os coccinelídeos estão entre os agentes de controle biológico natural mais eficientes no controle de pragas. Eriopis connexa (Germar) e Hippodamia convergens Guérin-Meneville ocorrem naturalmente em diversos agroecossistemas e apresentam grande eficiência predatória sobre diversas pragas. O presente trabalho objetivou avaliar o potencial desses dois predadores no controle de Tetranychus urticae Koch, Tetranychus ogmophallos Ferreira e Flechtmann Ferreira e Flechtmann, Tetranychus evansi Baker e Pritchard e do pulgão Myzus persicae (Sulzer). Foram realizados experimentos em laboratório, visando a avaliar os parâmetros demográficos e a resposta funcional dos predadores em função de diferentes presas. Além disso, avaliou-se a seletividade de diversos acaricidas a estes predadores. Eriopis connexa completou o desenvolvimento biológico sobre todas as presas, exceto quando alimentada com T. evansi. O tempo de desenvolvimento e a mortalidade dos estágios imaturos de E. connexa foram menores ao serem alimentadas com T. urticae e M. persicae. Os dias de oviposição e a fecundidade das fêmeas foram maiores com estas mesmas presas. Joaninhas alimentadas com T. urticae e M. persicae apresentaram maiores taxas reprodutivas líquidas (R0), taxas intrínsecas de aumento (r) e taxas finitas de aumento (λ). Por outro lado, H. convergens completou o desenvolvimento somente quando alimentada com M. persicae. Quando oferecidos ácaros tetraniquídeos, larvas de H. convergens morreram antes da fase de pupa. Larvas de E. connexa exibiram resposta funcional do tipo II quando alimentadas com T. urticae e T. ogmophallos. Larvas de quarto instar de E. connexa apresentaram tempos de manuseio menores em comparação aos estádios anteriores. A taxa de ataque foi superior em larvas de E. connexa alimentadas com T. urticae, em comparação àquelas alimentadas com T. ogmophallos. Com relação à seletividade, abamectina e oxymatrine causaram 100% de mortalidade de larvas de primeiro instar de E. connexa, enquanto propargite, espiromesifeno e fenpiroximato não afetaram a sobrevivência larval deste predador, mas afetaram a fecundidade, a fertilidade e a longevidade das fêmeas. Abamectina e oxymatrine reduziram a sobrevivência, a fecundidade e a fertilidade de adultos de E. connexa. Propargite, espiromesifeno e fenpiroximato, quando aplicados diretamente sobre os adultos de E. connexa, não apresentaram efeito significativo.