Adesão do familiar ao tratamento do adolescente usuário de substâncias psicoativas em um centro de atenção psicossocial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: San Juan, Ana Letícia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154169
Resumo: O consumo de substâncias psicoativas entre adolescentes é uma grande preocupação para estudiosos, governantes, profissionais da saúde e da educação. Este trabalho teve como objetivo investigar alguns fatores que possam influenciar na não adesão ao tratamento dos familiares de adolescentes usuários de substâncias psicoativas que frequentam um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Infantojuvenil de um município do interior de São Paulo. Nesta instituição, foi realizado levantamento dos prontuários dos pacientes atendidos no período de agosto de 2014 a junho de 2017 para a obtenção do percentual de não adesão das famílias ao tratamento dos adolescentes e propostas entrevistas clínicas e aplicação do instrumento projetivo “Desenho da Família com Estória" aos adolescentes e a pelo menos um familiar responsável pelos adolescentes. Os dados obtidos dos prontuários foram descritos e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo e os “Desenhos da Família com Estória”, por meio de Protocolo de Análise, com interpretação baseada nos pressupostos psicanalíticos. Os resultados indicaram que de 655 prontuários, apenas 43 estavam ativos no período analisado, sendo que desses, 12 adolescentes não eram acompanhados pelos familiares, representando 30% dos familiares. Foram encontrados neste estudo elementos como novos arranjos familiares; uso de substâncias psicoativas por pelo menos um dos genitores; conflitos, agressões físicas e/ou verbais entre genitores e adolescentes; dentre outros aspectos. Nas entrevistas clínicas foram observadas dificuldades objetivas dos familiares em comparecer aos atendimentos, mas, também, a presença de conflitos e ansiedades familiares possivelmente depositadas no adolescente e tornando-o bode-expiatório familiar. A partir dos achados do estudo, foi possível concluir que pode se fazer útil adotar na rotina dos CAPS AD Infantojuvenil a metodologia de avaliação dos adolescentes e familiares empregada nessa pesquisa, sendo necessário abarcar a complexidade do fenômeno da não adesão ao tratamento nos próximos estudos.