Aplicação de fertilizante amoniacal como estratégia para melhorar a eficiência de uso do fósforo em milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Elialdo Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151044
Resumo: A aplicação de amônio pode, em algumas condições, melhorar a eficiência de uso do fósforo (EUP) e o desenvolvimento do milho, especialmente em solos tropicais, normalmente ácidos e pobres em P disponível. O presente trabalho tem por objetivo estudar o efeito da adubação amoniacal sobre o aproveitamento do P, as condições bioquímicas da rizosfera, a morfologia radicular e o desenvolvimento da cultura do milho. Os dois experimentos iniciais foram conduzidos em casa de vegetação, o primeiro em vasos de 12 L e o segundo em Plant Growth Containers (PGCs), com solo previamente corrigido e adubado segundo os tratamentos: 3 (três formas de adubação nitrogenada - amoniacal, nítrica e mista) x cinco doses de fosfato (0, 40, 80, 120 e 160 mg P kg-1 de solo). Aos 35 dias após a emergência as raízes foram removidas dos containers e vasos e as amostras de planta e solo foram coletadas para análises. O solo rizosférico no experimento I foi obtido por “agitação-lavagem” e no experimento II por “fatiamento em camadas”, de forma que quatro das oito repetições foram congeladas frescas (análises: amônio, nitrato, C orgânico e P microbiano) e quatro foram transformadas em TFSE (análises: fracionamento químico do P e pH). As amostras de planta foram submetidas a pesagem e análise nutricional. O experimento III foi conduzido em um sistema de scanners em solução nutritiva de acordo com os tratamentos: 2 (amônio ou nitrato) x (alta dose ou baixa dose de P), com 10 repetições. Imagens foram obtidas diariamente para avaliação do desenvolvimento radicular. Ao final dos ensaios foram obtidos peso fresco e seco, análises de P em tecidos e, com dados de diferentes parâmetros radiculares, foi feito o desenho da planta média no RootBox. Os tratamentos com amônio e nitrato + amônio, na dose mais alta de P no experimento I ou em todas as doses no experimento II, resultaram em maior produção de matéria seca, menor relação raiz: parte aérea, desenvolvimento de raiz mais aequado à absorção de P, maior recuperação de P, maior acúmulo de amônio, nitrato e N-mineral nas camadas mais próximas ao rizoplano, menor pH, maior mobilização de formas menos lábeis de P, maior consumo de P geoquímico e P biológico. Houve diferença entre solo rizosférico e solo não rizosférico e entre as diferentes camadas da rizosfera, para todos os parâmetros, entre as formas de nitrogênio. O amônio e nitrato + amônio resultaram em maior produção de C orgânico solúvel em água e maior dose de superfosfato triplo resultou em maior quantidade de P na fração microbiana. O amônio resultou desenvolvimento radicular mais ramificado e com maior número de raízes laterais. O amônio melhora a eficiência de uso do P, devido às mudanças químicas e biológicas na rizosfera, e às mudanças na arquitetura radicular, que favorecem a solubilidade, a mineralização e a absorção de fosfato e, consequentemente, aumenta a produção de matéria seca nos estádios iniciais da cultura do milho.