Relações de poder na idade média central no tratado do amor cortês de André Capelão (Século XII)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Ligia Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152097
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo investigar os discursos que ressoam no Tratado do Amor Cortês, evidenciando, dentre outros aspectos, os mecanismos discursivos que reforçam as relações de poder que regem a sociedade medieval. Escrito no século XII por André Capelão, o Tratado do Amor Cortês constitui uma importante fonte de estudo e de referência dos novos padrões de sensibilidade e de representações instituídos pela temática do amor cortês. Composta por três livros, a obra tornou-se alvo de estudo e de polêmicas, principalmente, em razão da discrepância entre os dois primeiros livros e o terceiro. Se no primeiro e no segundo livro vislumbramos o enaltecimento da prática do amor denominado cortês e a exaltação do papel feminino no processo de enobrecimento do amante, no terceiro e último livro o autor assume uma postura oposta, enumerando os males ocasionados por esse amor dito profano e vilipendiando as mulheres. Nesta tese, buscaremos demonstrar que tal contraste é resultado dos diferentes discursos, em especial o discurso cortês e o discurso religioso, representados no Tratado, caracterizando-o como uma obra polifônica. Dentre os diversos elementos discursivos, priorizamos analisar aqueles que reproduzem, reforçam e divulgam as relações de poder e dominação entre os homens e entre os sexos, em suas diferentes manifestações.