Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Costa, Taline de Lima e [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/269839
|
Resumo: |
Esta pesquisa tem como objeto de estudo o conceito de movimento no âmbito da psicologia histórico-cultural. O questionamento inicial que orientou esta pesquisa foi: qual o conceito do termo movimento para a psicologia histórico-cultural e qual sua relevância? De tal questionamento derivaram outros, tais como quais as consequências de seu uso, de sua concepção. A hipótese inicial, que foi confirmada, era de que o termo, embora carecesse de definição e explicitação, guarda importância na medida em que possibilita o entendimento de que tanto o ser humano como seus contextos são potencialmente mutáveis, tornando possível que se admita o descontentamento com o que está posto, a crítica à realidade. Como objetivo principal, visamos analisar o conceito movimento sob o enfoque da psicologia histórico-cultural e sua pertinência categórica. Já como específicos, elencou-se: (a) Estudar o conceito movimento à luz da psicologia histórico-cultural; (b) Resgatar a construção histórica do construto notadamente na filosofia e psicologia; (c) Analisar a pertinência do construto movimento como categoria no corpus de estudo da psicologia histórico-cultural; (d) Investigar aplicações do conceito na realidade. O método utilizado para tanto teve enfoque qualitativo e como procedimento metodológico foi adotado o levantamento bibliográfico nas matérias filosofia e psicologia com o propósito de estudar e descrever o construto movimento aventando sua possível categorização. Aliado a isso, foram realizados alguns levantamentos com vistas ao confronto entre bases teóricas e dados concretos da experiência prática e, também, foi apresentada pesquisa empírica que focalizou esse conceito como categoria analítica por meio do estudo das músicas mais reproduzidas em rádios. Foi possível conceituar movimento como consistindo em mudança qualitativa complexa e orientada pela base material (realidade), sendo processo que se dá imbricado e em decorrência da dialética e da potência por ela suscitada. Pode ser considerado um momento de um processo de transformação. Puderam ser identificadas cinco nuances permeando a subjetividade da população brasileira (considerando os dados voltados às músicas nacionais) frente às concepções subjacentes às mudanças (1) Mudança equivalente a situações indesejadas; (2) Mudanças generalizadas que independem de atividade; (3) Mudanças limitadas individualistas; (4) Transformações subjetivas-individuais pautadas em atividade; (5) Transformações coletivas-individuais-materiais-subjetivas pautadas em atividade, sendo as duas últimas que mais se aproximam da concepção aqui exposta de movimento. Movimento se constitui-expressa na realidade com frequência baixa, raramente, em contextos que são exceções. Foi possível constatar que a concepção que permeia nossa cultura e sociedade a esse respeito favorece o imobilismo e, por conseguinte, a manutenção das relações de poder tal como se configuram. A concepção de movimento em confronto com uma realidade de exploração da maior parte da população, trabalhadora, é potente de transformação. |