O esvaziamento do currículo na escola pública: análise da disciplina de sociologia nos currículos paulistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferreira, Fábio Henrique [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258072
Resumo: A presente pesquisa propõe como hipótese central a questão de que o avanço do neoliberalismo no campo educacional tem ocasionado, pelo menos ao longo das últimas três décadas, o esvaziamento dos currículos da educação básica pública. Esse esvaziamento ocorre por meio da descaracterização e desmantelamento do conhecimento científico elaborado, entendido como qualitativamente diferente no processo de compreensão dos fenômenos da realidade. São elucidadas as características dessa condição do conhecimento científico, apoiando-se nas formulações da pedagogia histórico-crítica em articulação com elementos da teoria histórico-cultural. Os currículos paulistas de Sociologia de 1986, 1992, 2008 e 2020 configuram-se como objeto de análise para averiguação da hipótese levantada. A pesquisa passa pela constituição do conhecimento teórico-científico, entendido aqui como qualitativamente diferente, como resultado e, ao mesmo tempo, motor da atividade humana; pela introdução da pedagogia das competências como ordenadora das formulações curriculares no cenário de avanço do neoliberalismo, suas consequências ao ensino-aprendizagem, e sua oposição aos postulados curriculares voltados ao conhecimento. Serão perpassados também os cenários sócio-políticos e econômicos que interferem na elaboração dos currículos citados em seus referidos contextos, sobretudo a política educacional de São Paulo, estado governado desde 1996 por governos expressivamente neoliberais. Portanto, a metodologia utilizada será a análise documental, bibliográfica e qualitativa.