Solado de calçados femininos para idosos: análises do coeficiente de atrito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Rosangela Monteiro dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204551
Resumo: O envelhecimento promove alterações nos sistemas anatômicos e na dinâmica da marcha que podem favorecer a ocorrência de quedas em idosos. Existe alta prevalência de quedas nesta população, e grande parte destas, são decorrentes a acidentes por escorregamentos. Uma possibilidade de intervir no fenômeno de escorregar é utilizar calçados com solados que oferecem maior coeficiente de atrito e sejam capazes de resistir a possíveis deslizamentos. Os objetivos desta pesquisa são: analisar o coeficiente de atrito e o índice de flexibilidade de solados de 12 modelos de calçados de passeio feminino (sapatos fechados e abertos) oferecidos pelo mercado e de 2 modelos desenvolvidos com materiais biodegradáveis (óleo de mamona e compósito de óleo de mamona e fibra de bambu) quanto às características do tipo de material e formato. Os ensaios de escorregamento dos solados que avaliam o coeficiente de atrito seguiram as normas do ensaio de escorregamento em piso cerâmico com solução detergente e ensaio de escorregamento em piso de aço com solução glicerol ABNT NBR ISO 20344:2015, 5.11 e ISO 13287:2012 em três situações (salto, plano e planta). Os ensaios de flexão da sola seguiram a (ABNT NBR ISO 20344:2015, 8.4.2) nos solados do pé direito e esquerdo. Todos os ensaios físicos foram realizados no Instituto de Pesquisa Tecnológica de SP (IPT) de Franca-SP. Constatou-se que os solados comercializados e o desenvolvido com óleo de mamona apresentam o mínimo de coeficiente de atrito estabelecido pela norma. Todos os solados analisados (comercializado e desenvolvido com materiais biodegradáveis) não atendem os parâmetros exigidos para o piso de aço com solução glicerol. O índice de flexibilidade dos solados é atendido apenas para os solados comercializados. Os dados mostraram que a presença de ressaltos com tamanhos e formas regulares e com linhas verticais aumentaram a efetividade dos materiais analisados frente aos padrões. O solado de óleo de mamona é o único material que apresenta propriedades físico mecânicas que não depende do desenho dos ressaltos para a adequação dos parâmetros das normas em relação aos ensaios de escorregamentos. Tais fatores favorecem a segurança ao andar em conjunto de calce e percepção de conforto dos calçados.