Pesquisa de tripanosomatídeos em primatas de cativeiro do Parque Zoológico Municipal de Bauru, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Guiraldi, Lívia Maísa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141962
Resumo: A família Trypanosomatidae inclui agentes etiológicos responsáveis por ocasionar doenças em humanos e demais animais, englobando dezenas de protozoários pertencentes a diferentes gêneros, destacando-se os protozoários representantes dos gêneros Leishmania, causadores das leishmanioses e Trypanosoma, causador de tripanosomíase. Enquanto a transmissão das leishmanioses ocorre devido à picada de insetos fêmeas de flebotomíneos pertencentes ao gênero Phlebotomus no Velho Mundo e Lutzomyia no Novo Mundo, a transmissão da tripanossomíase depende da espécie de tripanosoma envolvida na infecção, podendo ocorrer pela picada de insetos adultos do gênero Glossina; pelas fezes de triatomíneos, sobretudo do gênero Triatoma e mecanicamente por moscas hematófagas, principalmente do gênero Stomoxys. Além dos humanos, animais domésticos e silvestres podem atuar como reservatórios de tripanosomatídeos, incluindo os primatas não humanos, os quais estão associados com o ciclo enzoótico das leishmanioses e tripanosomíase, sendo que a infecção natural por protozoários do gênero Trypanosoma e Leishmania em mamíferos selvagens é comum na natureza. O objetivo do trabalho foi pesquisar tripanosomatídeos em primatas de cativeiro procedentes do Parque Zoológico Municipal de Bauru – SP por meio de anticorpos contra o parasito e pela amplificação do DNA do protozoário. Para tanto, foram coletadas amostras de sangue de 39 primatas. A técnica molecular de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) foi aplicada na pesquisa de Leishmania braziliensis, Leishmania amazonensis e Leishmania infantum, utilizando-se primers espécie-específicos, direcionados à região do kDNA dos parasitos, sendo todos os animais negativos. Porém, com a utilização de primers para a região ribossomal (ITS-1), específicos para a família Trypanosomatidae, 37 dos 39 (94,9%) animais foram positivos para Trypanosoma spp. Realizou-se também a prova sorológica de Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para Leishmania braziliensis, Leishmania infantum e Leishmania amazonensis, revelando um animal da espécie Erythrocebus patas (macaco-pata) positivo para Leishmania braziliensis com título 160. Os resultados demonstram que os primatas do zoológico estão susceptíveis à infecção por tripanosomatídeos, alertando-se para a necessidade de busca ativa de vetores flebotomíneos e triatomíneos nos recintos e arredores, como medida preventiva para o risco de infecção aos funcionários e visitantes.