Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Ester Martins [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/259757
|
Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo pensar o tempo da consciência em Henri Bergson, particularmente em seu primeiro livro, o Ensaio sobre os dados imediatos da consciência (1889), no qual Bergson discute a duração atrelada à noção de consciência. A partir disso, pretende-se pensar a influência de Bergson na literatura da escritora inglesa Virginia Woolf, integrante do modernismo inglês do século XX. A escritora é proponente de uma literatura que pode ser entendida como um grande exemplo de ruptura com a linguagem comum, ao ter criticado os romances tradicionais realistas, os quais esquecem de retratar a realidade interna das personagens como o próprio cerne da vida temporal, objeto privilegiado da narrativa moderna. Logo, é preciso chamar a atenção para esse tempo espacializado que muitos descreviam como estruturador da experiência convencional do tempo, despertando o foco narrativo para a abordagem do tempo real, vivido, essencialmente distinto do espaço. Woolf, por ter experimentado em seus romances o fluxo de consciência, como fez em As Ondas (1931), evidenciou uma perspectiva em que as personagens se encontram mergulhadas em seus pensamentos, em sua realidade interior e profunda, explorando uma linguagem que reúne os sentimentos e emoções por um enlace de pensamentos surgidos ininterruptamente, ou, às vezes, despertados pelo objeto externo, captado por meio de nossos sentidos. Deste modo, neste trabalho, pretende-se relacionar a filosofia bergsoniana da consciência com a literatura intimista de Woolf, discutindo sobretudo os conceitos de consciência e de tempo. |