Detecção molecular de Ehrlichia canis em cães e em órgãos de seus respectivos carrapatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Bruno César Miranda [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138889
Resumo: A erliquiose canina apresenta elevada ocorrência na rotina da clínica médica de pequenos animais. Esta bactéria multiplica-se nas células epiteliais do intestino, nos hemócitos e nas células das glândulas salivares do carrapato Riphicephalus sanguineus, onde ocorre a transmissão transestadial e provavelmente não ocorre transmissão transovariana. O objetivo do presente estudo foi detectar molecularmente Ehrlichia canis em amostras de linfonodos e medulas ósseas de cães e nos intestinos, ovários e glândulas salivares de seus respectivos carrapatos R. sanguineus. Assim, 720 artrópodes fêmeas (dez de cada animal) foram removidos dos 72 cães examinados. Em seguida, foram efetuadas punções aspirativas de linfonodos e medulas ósseas. Após a dissecação dos carrapatos, seus órgãos (intestinos, ovários e glândulas salivares), bem como as amostras puncionadas de linfonodos e medulas ósseas dos cães foram testadas por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (nested-PCR) para amplificação de um fragmento do gene 16S do ácido ribonucleico ribossomal (rRNA) de E. canis e testados também por meio da PCR em Tempo Real Quantitativa (qPCR) para E. canis, baseada em um fragmento do gene dsb. A detecção por meio da nested-PCR foi de 80,5% nos linfonodos e 44,4% nas medulas ósseas, havendo diferença significativa (p<0,05). Já em relação às nested-PCRs dos órgãos dos carrapatos, observamos positividade de 22% nos intestinos, 11% nos ovários e 7% nas glândulas salivares. Na qPCR a detecção foi de 70,8% e 44,4% nos linfonodos e medulas ósseas, respectivamente (p<0,05) e de 31,9% nos intestinos, 10,0% nos ovários e 15, 2% nas glândulas salivares dos carrapatos estudados. As cargas parasitárias médias nos linfonodos foram de 1473,79 Cópias de um fragmento do gene dsb de E. canis/µL, nas medulas ósseas de 2080,09 Cópias/µL e nos intestinos, ovários e glândulas salivares as quantificações foram de 1211,53 Cópias/µL, 2602,01 Cópias/µL e de 49,23 Cópias/µL respectivamente. Nós concluímos que houve maior detecção molecular em linfonodos tanto na nested-PCR quanto na qPCR e que a bactéria estava presente e a níveis quantificáveis pela primeira vez em ovários de R. sanguineus sensu lato.