A orientação verghiana na formação da escritora Maria Messina (1887-1944)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Graziela Martins dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251265
Resumo: A hipótese organizadora é a de que Maria Messina (1887-1944), em razão da sua precária escolaridade, tenha imitado estrategicamente o escritor Giovanni Verga (1840-1922) nos seus primeiros escritos como uma forma de aprendizado da arte de narrar. Interessa-nos, contudo, verificar em que medida a escrita messiniana reproduz aspectos da técnica narrativa verghiana e da poética verista, sobretudo no início de sua atividade literária. O fato de Messina ter retomado personagens, situações, tessituras e entrechos verghianos levou o crítico literário Giuseppe Antonio Borgese (1882-1952) a considerá-la “Una scolara di Verga”, em 1928, opinião compartilhada por outros estudiosos que continuariam insistindo no débito literário da escritora para com o modelo verista. No entanto, uma leitura dos dois autores, em perspectiva comparatista, apoiada nos princípios da ótica verghiana elencados por Mariarosaria Fabris no ensaio “Verga e o Verismo italiano” (2017), nos permitirá inferir que, apesar de representar em suas narrativas o mesmo universo humano reelaborado literariamente por Verga, a escrita de Messina tem personalidade literária própria, não se limitando apenas à imitação do modelo supostamente herdado.