Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mór Fukushima, Raiana Lídice [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150696
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Resumo: |
Introdução: As doenças crônicas não-transmissíveis representam uma das maiores preocupações para a saúde pública mundial. Destaca-se, dentre as doenças crônicas, a doença renal crônica (DRC). A DRC é caracterizada pela perda dos rins exercerem sua função básica e consiste em um grave problema na saúde pública, com taxas alarmantes de prevalência e incidência. Por ser considerada uma doença silenciosa, seu diagnóstico pode ocorrer na fase terminal da doença, na qual o tratamento mais comum é a hemodiálise. Tem-se evidenciado que ações preventivas por meio da adoção de hábitos saudáveis e de um estilo de vida ativo, podem ser verdadeiras aliadas no controle dos fatores de riscos modificáveis responsáveis pelo desenvolvimento da DRC - como por exemplo a diabetes e a hipertensão – e, consequentemente, são capazes de agir na diminuição do ritmo de progressão da doença e na melhora dos aspectos físicos e psicossociais (QV, resiliência, função cognitiva, depressão, autoestima, esperança, entre outros) em pacientes já diagnosticados, como também, na prevenção da DRC e consequências nas pessoas saudáveis. Sendo assim, conforme exposto pela literatura, a prática de atividade física pode ser uma alternativa eficaz no controle ou manutenção dos aspectos funcionais e psicossociais. Entretanto, devido às limitações advindas da própria doença e tratamento, o nível de atividade física pode apresentar-se reduzido nestes pacientes, prejudicando em maior escala a condição de saúde geral do paciente. Objetivo: Identificar o nível de atividade física de pessoas com doença renal crônica em hemodiálise e comparar os escores médios dos aspectos psicossociais entre os grupos (ativos e insuficientemente ativos). Método: Trata-se de um estudo correlacional, de corte transversal e com abordagem quantitativa no qual 84 pacientes aceitaram a participar da pesquisa. Os instrumentos utilizados foram: o Questionário de Caracterização da Amostra, o Questionário Genérico de Qualidade de Vida Short-Form-36, Escala de Resiliência, Exame Cognitivo de Addenbrooke – Revisado, Patient’s Health Questionnaire – 9, Escala de Autoestima de Rosenberg, Escala de Esperança de Herth, Escala de Sonolência de Epworth e o Questionário Internacional de Atividade Física. A análise quantitativa do estudo foi tratada a partir de procedimentos descritivos (média, mediana e desvio-padrão). O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para verificar a distribuição de normalidade dos dados. Utilizou-se o teste U de Mann Whitney para a comparação dos aspectos psicossociais entre os grupos. O nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%. Resultados: Observou-se, na presente pesquisa, que a maioria dos pacientes (61,9%) se apresentou ativa fisicamente no IPAQ total. Com relação as variáveis psicossociais, observou-se escores médios dentro da nota de corte recomendada na QV, resiliência, depressão, autoestima, esperança, qualidade do sono e, somente o escore médio da função cognição não atingiu a recomendação mínima de nota de corte. Em relação à comparação entre os grupos, observouse que pacientes ativos apresentaram melhores escores médios nas variáveis QV com estatística significante nas dimensões “capacidade funcional” e “estado geral de saúde”, e na função cognitiva total com estatística significante no domínio “fluência”. Conclusão: Concluise que pacientes fisicamente ativos com DRC em tratamento de HD tendem a apresentar melhores percepções nas variáveis QV, função cognitiva, depressão, autoestima e esperança comparativamente aos insuficientemente ativos. Nota-se, portanto, a necessidade da elaboração de políticas públicas e intervenções voltadas à pratica de atividade física, com o objetivo de otimizar a saúde física, emocional e psicossocial desta população. |