Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Teresa de Pazos da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/101542
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Resumo: |
Na década de 1870, período posterior ao conflito contra o Paraguai, o cenário da Província de Mato Grosso foi marcado por inúmeras transformações sociais, econômicas, políticas, portanto, culturais. Dentre todas as transformações sofridas pela Província, destacam-se as inúmeras reformas educacionais ocorridas no período: 1873, 1875 1878 e 1880. O exame minucioso dessas reformas permite ver que diferentes sujeitos participaram do processo de configuração das mesmas com ênfase nos presidentes da Província e inspetores/diretores da instrução que, balizados por inúmeros fatores deram-lhes os contornos. Esses sujeitos defendiam como pressuposto básico para as mudanças preconizadas a transformação da Província em espaço de modernidade. Para tanto seria necessário transformar “o sertão” terra de “barbárie”, em lugar de civilização, e o caminho para isso era a instrução tendo como fonte inspiradora a Europa, os EUA e a Corte. Através dos discursos materializados nos relatórios dos presidentes e inspetores/diretores de instrução é possível captar a constituição de diferentes sentidos às referidas reformas. O propósito estabelecido para esse trabalho foi o de compreender a emergência e o resultado dessas reformas pela voz dos seus proponentes. Rompendo com a ideia de que o projeto foi o resultado de uma imposição, ou de que, ao contrário, foi o resultado de um processo de negação, o esforço é por mostrar que imposição e negação são duas faces de um mesmo processo em que os sujeitos se movimentam a partir de seus interesses, necessidades e condições e, ao final, dão a essas reformas as muitas formas que tem. Tudo depende do olhar que se debruça sobre elas. As mudanças não são cumulativas, isentas de interesses, é necessário compreendê-las em suas contradições, oposições, lutas, interesses, permanências, discordâncias e consensos |