Potenciais remineralizadores de solos como fontes alternativas para a produção agrícola na região amazônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Benevides Filho, Paulo Roberto Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250355
Resumo: A demanda por fertilizantes minerais é cada vez maior em razão do aumento da produção mundial de alimentos. Nos Estados do Amazonas e de Roraima, devido a distância dos grandes centros produtores, torna-se difícil a aquisição de fontes minerais convencionais utilizadas na agricultura. Nestas regiões, para manter a segurança alimentar, são necessárias fontes alternativas de fertilizantes. Todavia, ainda são incipientes pesquisas que identificaram agrominerais regionais com viabilidade agronômica para serem comercializados e utilizados na forma de pós de rocha silicática (PRS) como remineralizadores do solo. Objetivou-se, com a presente pesquisa, caracterizar três importantes Unidades de Interesse Agrogeológico no eixo Manaus/Boa Vista na região Amazônica no Brasil: 1) Pedreira da Empresa Brasileira de Agregados Minerais (EBAM): quartzo monzonitos da suíte Água Branca parcialmente potassificados, 2) Pedreira Granada Mineração: basaltos da formação Apoteri e 3) Pedreira Samauma: riolitos do Grupo Iricoumé. Foram realizadas amostragens, seguidas de análises químicas para a determinação de macro e micronutrientes, além de elementos potencialmente tóxicos; análises petrográficas para caracterização mineralógica e análises granulométricas nos pós coletados nas pedreiras. Os resultados evidenciaram que o pó de rocha da Pedreira EBAM atende às normas estabelecidas pela legislação brasileira, possui também baixos teores de elementos potencialmente tóxicos e apenas 15% de quartzo, indicando boa segurança na utilização desse PRS, além de grande disponibilidade de material já britado, para o qual ainda não há comercialização. Na Pedreira Granada Mineração, o PRS também possui características necessárias para sua classificação como um remineralizador de solos. Os basaltos dessa Pedreira, além de não terem cristais de quartzo, são constituídos, cerca de 10%, por cavidades diktitaxiticas. Por meio de análises de EDS foi possível determinar que as mesmas são preenchidas com argilominerais do grupo da clorita (2:1), ricos em Mg, além de cristais de plagioclásio albitizados e alterados. Por meio de análise de DRX foi possível apontar a presença de minerais do grupo das esmectitas outro argilomineral 2:1. Na Pedreira Samauma, apesar do PRS não se enquadrar como um remineralizador, possui mais de 5% de K2O e 77% de matriz afanítica, o que poderia resultar numa mais fácil liberação de K e Si abundantes para o sistema solo-planta. Por meio de análises de granulometria a laser foi possível tecer algumas considerações a respeito da ação do processo de britagem em litotipos tão distintos e, por fim, caracterizar e classificar os prospectos de maior interesse para a rochagem na Amazônia.