A educação sexual no portal do professor-MEC: Estudo analítico-descritivo das temáticas referentes à sexualidade no espaço da aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Reis, Fernanda [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138260
Resumo: Desde o século XX, as discussões sobre as temáticas de sexualidade na escola estiveram em curso no ensino brasileiro. Na atualidade, as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) também têm se prestado a tais práticas, muitas vezes, auxiliando em atividades pedagógicas, bem como na formação docente, a surgirem como uma alternativa para o trabalho de educação sexual. Dentre elas, encontramos o Portal do Professor-MEC, lançado em 2008 pelo Governo Federal a fim de apoiar a capacitação de professores. Em vista disso, o presente trabalho, de tipologia analítico-descritiva, objetiva o estudo das aulas que contemplam as temáticas referentes à sexualidade no ambiente Espaço da Aula do supracitado Portal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, ancorada na análise de conteúdo proposta por Laurence Bardin. Os dados encontrados, os quais foram agrupados em categorias e subcategorias de análise temática, a luz da literatura científica adotada, revelam que as questões mais discutidas pelas aulas se reportam ao Corpo, as Relações de gênero, a Diversidade sexual e aos Relacionamentos afetivos e sexuais. A abordagem de tais temas: a) associam o corpo a ações de cuidado e saúde, a aspectos biológicos, a aspectos culturais e psicossociais, o perceberem como fonte de prazer sexual; b) referenciam o gênero e suas relações como uma construção histórica, cultural e social, pelo sexo anatômico/ diferenças físicas e na qualidade de relações que implicam em espaços de luta e enfrentamento por igualdade e direitos perante a sociedade; c) admitem a diversidade sexual como partícipe de uma sociedade plural que contempla distintos desejos afetivo-sexuais que devem ser entendidos e respeitados e d) entendem os relacionamentos afetivos e sexuais como relações que se apresentam e são valorizadas distintamente a envolver sentimentos e expectativas particulares. Portanto, os resultados indicam que, embora o Portal se coloque como uma TIC importante na difusão dos conteúdos sexuais, entendimentos equivocados e restritos quanto a sexualidade e o gênero, a se pautarem no discurso do senso comum, estão presentes em algumas aulas averiguadas. Assim, inferimos que lançar mão de recursos tecnológicos, como os vistos no Portal, não garante legitimidade as produções didáticas, sendo fundamental sempre questionarmos e problematizarmos estes artefatos e os assuntos que vinculam.