Composição faunística, ecologia e história natural de serpentes em uma região no sudoeste da Amazônia, Rondônia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Bernarde, Paulo Sérgio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106551
Resumo: Em Espigão do Oeste (Rondônia) foi registrada uma riqueza de 56 espécies de serpentes, apresentando uma maior similaridade faunística com a Usina Hidrelétrica de Samuel (RO), localizada relativamente próximo da área de estudo. As serpentes mais comuns foram Liophis reginae (18,6% do total), Oxyrhopus melanogenys (8,4%), Chironius exoletus (6%), Boa constrictor (5,8%), Dipsas catesbyi (5,6%) e Drymarchon corais (5,6%). A freqüência de Bothrops atrox, o viperídeo mais abundante na Amazônia, foi considerado baixo (2%). Um menor número de serpentes foi registrado durante os meses mais secos (junho - agosto), que também coincidiu com a menor ocorrência de anfíbios anuros. Observando a freqüência de potenciais presas (anuros, lagartos, marsupiais e roedores) sazonalmente registrada através das armadilhas de interceptação e queda (todos os grupos), procura limitada por tempo (lagartos dormindo sobre a vegetação à noite e anuros em atividade de vocalização), observa-se que houve disponibilidade de alimento ao longo do ano, embora cada grupo tenha ocorrido em diferentes níveis e picos de abundância. Os principais tipos de presas utilizados pelas serpentes nesta comunidade são lagartos (55,3% das espécies), seguido de anuros (48,2%), mamíferos (26,8%), aves (12,5%) e serpentes (12,5%). Uma análise de agrupamento utilizando dados de tamanho (comprimento rostro-cloacal) e de utilização de recursos (hábitos alimentares, período e substrato de forrageio) originou oito grupos (guildas) de serpentes. Nesta análise de agrupamento, foram reunidas tanto espécies próximas como distantes filogeneticamente, denotando a importância de fatores históricos e ecológicos na estruturação desta comunidade. Maior número de espécies de serpentes foi encontrado dentro de florestas, em relação aos ambientes de pastagens, demonstrando o decréscimo de espécies...