Avaliação cognitiva e de volumetria cerebral em uma amostra brasileira de pacientes com esclerose múltipla: um estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Medeiros, Leonardo Mariano Inácio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192927
Resumo: Introdução: a esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante e inflamatória, de etiologia autoimune, com componente degenerativo, comprometendo o sistema nervoso central. Nos últimos anos, muitos centros de pesquisa e tratamento de pacientes com EM estão voltando a atenção para os aspectos cognitivos e de volume cerebral. Objetivo: avaliar em pacientes com diagnóstico de EM as características clínicas, sociodemográficas, cognitivas e de neuroimagem, a fim de mensurar se há relação entre os aspectos cognitivos e de volumetria. Método: os participantes foram submetidos à avaliação da incapacidade funcional por meio do EDSS, a bateria do BICAMS (SDMT, CVLT-2 e o BVMT-R) para avaliação cognitiva e a um questionário para detecção de sintomas depressivos e de ansiedade. Os participantes realizaram exame de ressonância magnética de crânio e após quantificação do volume cerebral pelo MSmetrix. Resultados: foram incluídos no estudo 54 pacientes com EM. A amostra foi formada principalmente por mulheres e com faixa etária média de 36 anos de idade, com nível de escolaridade alta e média de EDSS de 1,6. Em relação à presença de sintomas depressivos, foi observado correlação estatisticamente significativa (p < 0,05) com o BICAMS e com a fadiga. O EDSS apresentou correlação negativa com o SDMT oral (p = -0,40) e o BVMT-R T1 (p = -0,28) e a coordenação motora demonstrou correlação negativa com SDMT oral (p = -0,57) e com CVLT-2 (p = -0,34). Além disso, percebemos uma correlação entre o SDMT oral e a volumetria cerebral, tanto total (p = 0,009920), quanto de substância cinzenta (p = 0,009531) e com a carga lesional (p = 0,000123). Finalmente, ao realizarmos análise de regressão linear, em que a variável dependente foi o SDMT, percebemos que a depressão foi responsável por 27,26% do Coeficiente de Determinação (R2), demonstrando sua importância na avaliação do paciente com EM. Conclusões: os resultados deste trabalho sugerem que pacientes com EM e sintomas depressivos possuem pior desempenho nos testes cognitivos e pior nível de incapacidade funcional, devendo ser avaliado em todo paciente com EM; além disso, o SDMT mostrou correlação positiva com a volumetria cerebral.