O streaming como modelo de negócio na TV aberta brasileira: desafios e oportunidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Custódio, Márcio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255758
https://lattes.cnpq.br/5659713077554158
https://orcid.org/0009-0006-0197-6867
Resumo: A convergência midiática é um tema de destaque nos estudos contemporâneos de comunicação, evidenciando a estreita interação entre diversas plataformas, como televisão e streaming, seja por meio de conteúdo sob demanda (VOD) ou transmissões ao vivo. Diante desse cenário, esta pesquisa se propôs a investigar os desafios e oportunidades desse modelo de negócio nos streamings da TV aberta brasileira. O estudo concentrou-se em analisar dois importantes players do mercado: o Globoplay, com seu modelo híbrido, assinatura (SVOD) e gratuito (FreeVOD), e o SBT Vídeos, que oferece seu conteúdo na modalidade gratuita (FreeVOD). O objetivo deste estudo foi examinar os modelos de negócios adotados pelas respectivas emissoras, buscando identificar práticas eficazes que possam contribuir para o desenvolvimento de modelos sustentáveis e sólidos. A metodologia empregada nesta pesquisa foi predominantemente qualitativa e teve como base a revisão bibliográfica de artigos científicos, sites e livros relevantes. Além disso, foi realizada entrevista com Roberto Grosman, diretor de transformação digital do SBT, e extraído dados de entrevistas, em domínio público, de dois diretores da área digital da TV Globo, Renata Fernandes e Marcelo Souza. Nos resultados obtidos, observou-se que tanto o Globoplay, quanto o SBT Vídeos visualizam no streaming uma oportunidade para escalar seus negócios, ambas as emissoras apostam na TV Conectada e nos chamados canais FASTs. Além disso, reconhecem a publicidade como a principal fonte de monetização de suas plataformas. Ademais, foram identificados esforços significativos no aprimoramento da experiência do usuário, seja por VOD (vídeo sob demanda) ou canais ao vivo. Nesse sentido, foi possível inferir que o fator “sob demanda" não é o mais relevante nesse modelo de negócio, mas sim, a experiência do espectador. Nesse sentido, os dados apresentados mostraram que mais de 71% dos usuários preferem a experiência das TVs conectadas, ou seja, a tela grande. Por conseguinte, ambas as emissoras apostam na TV 3.0 como tendência para experiência do usuário, bem como para novas formas de monetização.