Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Trevisani, Josiane de Ameida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190949
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Resumo: |
Esta pesquisa teve por objetivo investigar a construção de conceitos físicos pelas crianças fundamentada no referencial de Vygotsky. Para isso, foi aplicada uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI) visando desenvolver a alfabetização cientifica sobre o tópico de eletricidade. A sequência inicia-se por um problema experimental sobre como acender uma lâmpada para que os alunos possam trabalhar e pensar sobre ele. Após a resolução do problema por parte dos alunos, é necessária uma sistematização do conhecimento do aluno por meio de produções (desenho e escrita). A contextualização coletiva entre os alunos contribui para o processo argumentativo. A presente pesquisa foi desenvolvida no segundo semestre de 2017, em uma escola pública da rede municipal situada na periferia de Presidente Prudente/SP, onde a pesquisadora atua como professora. A amostra constituinte da pesquisa foi composta por 26 alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, na faixa etária compreendida dos 9 aos 10 anos de idade. Os instrumentos de coleta de dados foram basicamente a gravação em áudio e vídeo, além da produção dos alunos (textos e desenhos). No início, os alunos se mostraram céticos quanto ao fato de conseguirem montar o circuito com apenas um fio. Os grupos foram aos poucos conseguindo o seu objetivo. A socialização das dúvidas com os colegas e as “dicas” fornecidas pelos professores fizeram com que um problema, em princípio difícil de resolver, se tornasse solucionável. Diversos termos cotidianos surgiram na tentativa de denominar termos científicos. O termo “cotidiano” em si não carrega sozinho essa condição. A forma como ele se liga (segundo a fala do aluno) a outros termos é que dará a característica de cotidiano, pseudoconceito ou já um conceito científico. As relações que o aluno estabelece entre esses vários termos que utiliza, bem como as relações de cada um deles aos elementos materiais da realidade e da vivência desses discentes é que constitui peça chave para responder à pergunta da pesquisa. A solução e a compreensão de um problema passa pela percepção das relações que os vários elementos materiais têm entre si, e isso é construído através das representações, sendo a fala a mais importante, uma vez que por meio da fala é que os alunos demonstram quais são as relações que eles percebem entre os elementos materiais do fenômeno. Verificou-se que em situações de ensino com suficiente abertura para a problematização e a criatividade, como ocorre nas SEI, os alunos levantam hipóteses, fazem inferências e desenvolvem sua capacidade argumentativa, compreendendo o processo até chegar a uma solução para o problema. Os conceitos cotidianos e os conhecimentos científicos se influenciam mutuamente durante o processo de aprendizagem. As experiências e suas relações com as palavras fortalecem a capacidade de argumentação que formam a base do pensamento abstrato de causalidade, próprias da lógica da ciência. |