Monitoramento da resistência de bioindicadores fecais nos canais de Santos-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Massonetto, Mirella [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192065
Resumo: O despejo de esgoto sem tratamento nas áreas costeiras do Brasil são uma realidade persistente, sendo responsável pela maioria dos impactos ambientais no litoral. Devido a isso, o Estado de São Paulo, efetua monitoramentos semanais para acompanhar a qualidade das águas recreacionais nas praias. Nesse contexto, Santos apresenta 6 canais de drenagem ao longo de toda baía que são fontes poluidoras, por apresentarem ligações clandestinas de efluente doméstico. Esse estudo objetivou avaliar a densidade de bioindicadores fecais(Escherichia coli e Enterococcus sp) e sua resistência a antimicrobianos. As cepas foram isoladas de amostras de água e sedimento de 3 pontos por canal ( n=18). As coletas bimestrais foram realizadas em maré baixa, para avaliar apenas o conteúdo dos canais. Foi efetuada a Técnica de Membrana Filtrante usando meios específicos. As cepas positivas foram submetidas a Suscetibilidade por disco-difusão segundo os padrões do BrCAST para os seguintes antibióticos: amoxicilina, amoxicilina + clavulanato, ampicilina, levofloxacino, gentamicina, tetraciclina, amicacina e ciprofloxacino. Todas as cepas(n=144) foram resistentes a todos os antibióticos. De acordo com os resultados, as amostras de água demostraram densidades médias dez vezes maiores(20000 UFC/100mL) do que permitido pela legislação. O sedimento não está incluso na avaliação realizada pelos órgãos de fiscalização, evidenciando negligência das autoridades. Isso é preocupante, pois as águas desembocam na praia interferindo na qualidade do ambiente e sendo um sério risco para os banhistas. Outro ponto é que a alta resistência pode funcionar como resistomas no ambiente. Assim, para que haja mudança efetiva na qualidade sanitária dessas praias, deve-se investigar e eliminar fontes poluidoras e também investir em tratamento de esgoto