Assombros e escombros da modernidade no teatro de Hilda Hilst

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Zago, Carlos Eduardo dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94108
Resumo: Este trabalho apresenta uma leitura interpretativa de parte do teatro de Hilda Hilst, escrito no final da década de 1960. Encontram-se, no primeiro capítulo, comentários acerca da fortuna crítica já existente sobre os textos dramáticos da autora paulista, aproximando perspectivas e pareceres semelhantes a fim de estabelecer possíveis linhagens críticas. Já na segunda parte analisa-se a peça O novo sistema, buscando compreender como nela se representa o processo de instauração de um Estado de exceção e se problematiza a dialética entre barbárie e esclarecimento, sobretudo a partir dos paradigmas modernos da evolução científica e da razão instrumental. O trabalho segue com uma leitura interpretativa de As aves da noite, procurando captar sua atmosfera infernal, em diálogo intertextual com Dante Alighieri, para então aproximá-la de certas faces da modernidade, encontradas em estruturas sociais e administrativas pautadas no cerceamento da evolução espiritual. A última reflexão é sobre a peça A morte do patriarca, em que se busca indicar, sobretudo, a figuração do fim das utopias e a proposição de novas formas de narrar e de construir o discurso histórico. Ao longo da dissertação, persegue-se o constante diálogo de Hilda Hilst com um vasto arcabouço de discursos, autores e textos de vários gêneros e áreas do saber -, como literatura, ciência, pedagogia, filosofia e teatro -, configurando uma estrutura em mosaico, resultante do processo de bricolagem com o qual a escritora compõe as três peças aqui estudadas