Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Okumura, Jéssika Viviani [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/149880
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Resumo: |
Os indivíduos com Doença Falciforme (DF) apresentam manifestações clínicas variáveis que podem ser decorrentes de fatores genéticos e ambientais. O presente trabalho teve como objetivo investigar se os marcadores genéticos relacionados à vasoatividade e coagulação modulam a gravidade clínica em pessoas com DF em quatro faixas etárias. Para isso, dois grupos longitudinais foram formados, o prospectivo, que avaliou 59 crianças com DF nascidas no período de maio de 2012 a dezembro de 2013, e o retrospectivo, que avaliou 392 pessoas com DF no ano de 2011. Estes dois grupos foram divididos em quatro subgrupos de estudo, de acordo com a faixa etária, em: Crianças I (de 0 a 4 anos de idade, N=59), Crianças II (de 5 a 10 anos, N=53), Adolescentes (11 a 19 anos, N=127) e Adultos (acima de 20 anos de idade, N=212). Todos os indivíduos foram genotipados para a DF, para os haplótipos da globina beta-S, e para os polimorfismos genéticos nos genes da cistationina beta-sintase (CBS, 844ins68), enzima conversora de angiotensina I (ECA1, I/D 287 pb), enzima conversora de angiotensina II (ECA2, A1075G), inibidor do ativador do plasminogênio tipo I (PAI1, -675pb 4G/5G) e adenosina deaminase (ADA, G22A). A classificação do perfil fenotípico de gravidade do subgrupo Crianças I foi realizado pelo hematologista do HEMORIO (RJ), e dos subgrupos Crianças II, Adolescentes e Adultos pela calculadora online “Sickle Cell Disease Severity Calculator”. Com excessão do genótipo SC que foi mais frequente no subgrupo Crianças I, as frequências genotípicas e alélicas para os marcadores genéticos avaliados não diferiram entre os quatro subgrupos amostrais, porém foi verificada elevada frequência de: genótipo SS (anemia falciforme - AF), haplótipo Bantu, alelo Ins- para a CBS, alelo 5G para o PAI1, alelo D para ECA1, alelo G para ECA2 e o alelo G para ADA. Quanto aos perfis fenotípicos de gravidade clínica, no subgrupo Crianças I, Crianças II e Adolescentes, as formas leve e moderado se destacaram. No subgrupo Adultos, perfís moderado e grave estiveram presentes em aproximadamente 90% dos indivíduos. Na avaliação dos marcadores genéticos como interferentes na gravidade clínica dos indivíduos, foi verificado para o grupo prospectivo que o genótipo SS contribui com aproximadamente 22 vezes mais risco de ocorrência de clínica moderada e grave. Quando avaliados somente os indivíduos com AF do grupo prospectivo, o genótipo GG para o polimorfismo A1075G da ECA2 apresentou efeito protetor, por diminuir a ocorrência das manifestações moderadas e graves. Para o grupo retrospectivo, a presença do genótipo SS aumentou a chance de ocorrência de clínica moderada e grave em aproximadamente oito vezes e só grave um aumento de quatro vezes. Com esses resultados foi possível concluir que o genótipo SS interfere diretamente na gravidade clínica dos indivíduos com DF, e o genótipo GG do gene ECA2, apresentou efeito protetor contra perfis moderado e grave nas crianças com AF. |