Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Vilano, Wagner Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/216046
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Resumo: |
Costões rochosos, são ecossistemas complexos que sofrem influência de diversas variáveis e processos, sendo extremamente relevantes ao estabelecimento de diversas espécies. Neste sentido, o presente estudo avalia aspectos da geologia, geomorfologia e energia hídrica em quatro costões rochosos de Ubatuba (SP), Litoral Norte do Estado de São Paulo (Brasil), verificando sua influência sobre parâmetros bióticos, representados por Sargassum. e caranguejo do fital, E. brasiliensis. Neste contexto, os costões rochosos foram caracterizados em sua extensão quanto a geologia, geomorfologia, declividade, complexidade e sombreamento, além da energia hídrica, neste caso empregando um modelo computacional SWAN. Além disso, foi avaliada a biometria (tamanho) e densidade de E. brasiliensis, em relação às algas pardas do gênero Sargassum. Para realização do trabalho, as amostras de Sargassum, foram obtidas mensalmente durante um ano (agosto/2011 a julho/2012), em dois períodos (diurno e noturno), em quatro costões rochosos do litoral de Ubatuba, SP. No contexto geológico geral, os costões estudados são formados por granitos compostos basicamente por quartzo, feldspato, moscovita e biotita, sendo amplamente diversificado quanto ao foliamento e fratura, variando sua forma, compreendendo desde paredões verticais a pequenos blocos encaixados. Os costões da Fortaleza e Lamberto foram similares quanto a declividade (p=0,856), com médias variando de 15 a 31º. Fortaleza e Domingas Dias foram os costões mais próximos quanto à complexidade (p=0,476), diferindo do costão do Lamberto, que foi o mais distinto em complexidade (p=0,013). A intensidade luminosa diferiu entre os costões (p=0,000), com similaridade entre Fortaleza e Domingas Dias (p=0,802). A energia das ondas diferiu de intensidade entre os costões (p=0,045). Durante o estudo, um total de 7.889 indivíduos de E. brasiliensis foram capturados (3.570 machos e 4.319 fêmeas), O tamanho dos exemplares (largura da carapaça) variou de 1,4 a 11,9 mm (5,1±1,5 mm) e a abundância total de E. brasiliensis apresentou assimetria positiva em todos os costões analisados. A densidade total dos caranguejos (ind./kg) não diferiu entre Baías (F=2,71; p=0,106) ou entre os costões (F=0,99; p=0,400), enquanto para LC houve diferenças entre os costões (F=91,96; p=0,000). O comprimento da alga (CA), indicou diferença significativa entre os costões (F=51,33; p=0,000). Os animais maiores (LC) foram encontrados no costão rochoso do Lamberto com o inverso ocorrendo no Perequê-Mirim, já para as algas, a maior média foi registrada no costão do Lamberto (38,7±8,7cm), sendo menor para o costão da Domingas Dias (12,7±2,5cm). As diferenças registradas entre os parâmetros analisados em E. brasiliensis, sugerem a influência do tamanho das frondes de Sargassum. em seu desenvolvimento e estabelecimento no habitat, uma vez que a complexidade do substrato (alga substrato) proporciona diferentes situações no assentamento e permanência em suas frondes. Os resultados obtidos neste estudo evidenciam uma proximidade dos costões tanto por fatores abióticos como pelos bióticos, com maior similaridade entre os costões de uma mesma baía (Baía da Fortaleza: Fortaleza e Domingas Dias; e Baía do Flamengo: Perequê-Mirim e Lamberto), bem como entre os dois embaiamentos. |