Música de câmara e pós-modernismo: os grups Syntagma (CE) e Anima (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gifoni, Luciana Rodrigues [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95135
Resumo: A partir do interesse pelas dinâmicas artístico-culturais brasileiras e seus olhares para as tradições populares, diante do fenômeno da Pós-modernidade , observamos a atuação de dois grupos de música de câmara, objetos deste estudo: são eles o Syntagma, de Fortaleza-CE, e o Anima, de Campinas-SP. Iniciadas com propostas similares, voltadas para o repertório de Música Antiga européia - medieval renascentista e barroca - e utilização de réplicas de instrumentos históricos, como o cravo, as flautas doce, dentre outros, aos poucos, suas experiências de prática em conjunto se direcionam para a música brasileira de tradição oral popular, propondo leituras particulares a este universo, cada um a sua maneira. Como recorte metodológico, busca-se aprender, especialmente, as representações simbólicas feitas pelos grupos em relação ao universo sonoro que se convencionou associar ao Nordeste brasileiro. Que leitura esses grupos fazem do universo sonoro nordestino? Para compreender estas construções de significados, pretende-se analisar não apenas os elementos musicais intrínsecos, mas para interpretá-los frente a outras construções simbólicas (cf. Kramer, Stokes, Blacking), como o processo de valorização das culturas populares, iniciado no Brasil, pelo movimento modernista, reavaliado pelas idéias armoriais, e que teve suas matizes questionadas e ressignificadas pelos pensamentos pós-estruturalistas e pós-modernos. Pretende-se, também, aprender o sentido de tradição (cf. Hobsbawm) no fazer musical dos grupos, por buscarem um sentido de continuidade histórica pela pesquisa de símbolos e rituais associados a um passado que se pretende recriar para não se perder.