Produção e caracterização de pectinases pelo fungo Rasamsonia emersonii BC e avaliação do efeito de sua aplicação em coquetel enzimático na sacarificação da palha da cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Okamura da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182027
Resumo: Os resíduos agroindustriais compostos por, em sua maior parte, lignocelulose, podem ser desestruturados em monômeros de açúcares e derivados fenólicos que, por sua vez, podem ser convertidos em bioprodutos com valor agregado como etanol de segunda geração, ácidos orgânicos, aditivos para alimentos, entre outros. O processo de desestruturação da lignocelulose envolve, geralmente, um tratamento químico e/ou físico, seguido de sacarificação enzimática, que requer um coquetel multi-enzimático composto por celulases, hemicelulases, ligninases e enzimas acessórias, como as oxidases e pectinases. Estas últimas, além de aumentar a eficiência das primeiras, com consequente aumento no rendimento, aumentam também a velocidade do processo, devido à degradação da pectina da parede celular vegetal. Considerando que o grupo de pesquisa ao qual esse trabalho está vinculado tem desenvolvido pesquisas com as ligninases, celulases, hemicelulases e pectinases, este estudo teve por objetivo a produção, caracterização físico-química e a purificação parcial de pectinases produzidas pelo fungo termofílico Rasamsonia emersonii BC, e a avaliação do efeito dessas enzimas quando adicionadas ao coquetel enzimático produzido pelo fungo Myceliophthora thermophila JCP 1-4, composto por celulases e hemicelulases, sobre a hidrólise da palha de cana-deaçúcar. Os resultados mostraram que, utilizando-se a mistura de bagaço de laranja e de cana-de-açúcar como substrato para cultivo em estado sólido para produção das enzimas, obteve-se 471,05 U g-1 de atividade de pectinase, que mostrou ser uma poligalacturonase termofílica, com maior atividade em pH 4,5 e a 65-70°C. A solução dessa enzima foi adicionada ao coquetel enzimático obtido pelo cultivo de M. thermophila, o qual foi usado para hidrolisar palha de cana-de-açúcar submetida a pré-tratamento hidrotérmico alcalino. Os resultados indicaram um rendimento de 11% em glicose liberada na etapa de sacarificação enzimática da palha pré-tratada, com total de 73,15 mg g-1 palha.