Dinâmica populacional do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Crustacea: Decapoda) na Baía da Batitonga, Estado de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Grabowski, Raphael Cezar [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99417
Resumo: A pesca, desenvolvida massivamente ao longo da costa brasileira, vem causando um grande decréscimo nos estoques de camarões, os quais têm seu comportamento condicionado às suas funções fisiológicas, limitadas por variações ambientais como a estrutura do sedimento, temperatura e salinidade da água. O objetivo deste estudo foi descrever a distribuição de Xiphopenaeus kroyeri na Baía da Babitonga, norte de Santa Catarina, testando-se os fatores ambientais que influenciam a sua variação no tempo e espaço. Foram realizados arrastos mensais nas profundidades de 5 a 17 metros, com um barco portador de redes de arrasto “double-rig”. Amostras de água foram obtidas com uma garrafa de Van Dorn e o sedimento foi amostrado com um pegador de Petersen. Assim, foi amostrada a temperatura, salinidade, textura do sedimento e matéria orgânica dissolvida no substrato. Ao todo, 76.004 indivíduos foram amostrados, com um pico pronunciado em maio de 2011. A distribuição dos indivíduos apresentou diferença por estação do ano e profundidade (ANOVA, p<0,05), bem como se verificou a correlação da abundância com a textura do sedimento e teor de matéria orgânica dissolvida no substrato (Regressão Múltipla, p<0,05). A associação à textura do sedimento deve–se ao hábito destes animais enterrarem-se, o qual oferece proteção, bem como exige uma demanda menor de energia. Um pico amostrado no outono pode ser justificado pelo período de defeso, o qual ocorre de março a maio, ou por hábitos comportamentais. A salinidade e a temperatura da água não apresentaram relação à abundância de X. kroyeri, possivelmente pela variação não ter sido ampla ao ponto de modelar a sua distribuição. Ainda, na seleção por habitat, há fatores que excedem os aqui observados, como relações interespecíficas ou disponibilidade de alimento