Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Carnio, Michel Pisa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152066
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Resumo: |
Neste trabalho, analisamos aspectos formativos do trabalho com uma questão sociocientífica (QSC) por um Pequeno Grupo de Pesquisa na interface universidade-escola. Trata-se de uma abordagem qualitativa de pesquisa que, assentada na epistemologia da Teoria Crítica da Sociedade, reflete a relação entre sujeito e objeto na construção do conhecimento e a inserção do pesquisador no contexto de pesquisa. A constituição dos dados se centrou nas gravações das reuniões do PGP durante o ano de 2013, período no qual o grupo elaborou uma sequência didática interdisciplinar sobre uma questão sociocientífica (QSC) – sobre “Padrão de Beleza, Consumismo e Saúde” – que foi elegida, discutida e construída a partir de suas demandas locais; iniciativa esta que teve como um de seus aspectos motivadores a expectativa de que o trabalho coletivo interdisciplinar contribuísse com a busca de melhores índices da escola em matemática perante as avaliações em larga escala (ALE). Diários de bordo e materiais elaborados pelos professores foram resgatados e contextualizados a partir do olhar do pesquisador, que era também participante do PGP. A partir de conceitos críticos de Theodor Adorno e Walter Benjamin, propomos uma metodologia de análise composta de três momentos: i) a descrição e contextualização dos episódios vivenciados pelo grupo naquele ano, por meio de uma rememoração do pesquisador; ii) a construção de imagens dialéticas na forma de ensaio; e iii) a elaboração de sínteses que representassem o potencial formativo das questões sociocientíficas para a formação dos professores. Como principais apontamentos, indicamos: uma concepção dialética imanente ao conceito de PGP, que se coloca como um espaço ampliador de autonomia docente ao mesmo tempo em que acaba refletindo – consciente ou inconscientemente – imposições sistêmicas; a importância de se manter presente a história de constituição do grupo em prol da continuidade de um trabalho coletivo e comunicativo; a defesa de que os projetos de formação de professores reconheçam o ciclo fechado da semiformação do sistema educacional, e construam compreensões de formação pela negativa (de resistência); a constante relação com a estrutura de choque da realidade escolar, que, intermitentemente, afeta o trabalho docente com imposições mais ou menos diretas na sua prática educativa; a defesa das QSC como subsídios para uma educação científica crítica, potencializando a compreensão dos fenômenos estudados e da própria natureza da ciência; e a potencialidade que o processo de construção de uma QSC oferece para enriquecer a experiência formativa do professor. Por fim, a partir de uma vivência intensa e direta com as condições e variáveis presentes no cotidiano escolar, elaboramos algumas orientações para a construção de QSC nas condições reais da escola básica atual. |