Indústria calçadista brasileira e concorrência internacional: uma análise da qualidade dos produtos exportados e das estratégias adotadas pelas empresas (1989-2006)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sousa, Aline Correia de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/89999
Resumo: O rápido avanço na internacionalização das grandes empresas, nas últimas décadas, foi possível tanto pelo desenvolvimento dos meios de transporte e de comunicação, como pelas liberalizações e desregulamentações econômicas. O sistema produtivo e o comércio integraram-se, e as nações se especializaram em diferentes ramos da manufatura. A tendência à externalização dos estágios de produção dos setores tradicionais foi uma estratégia adotada para reduzir os custos, sobretudo os salários, pois essas indústrias são bastante intensivas em mão-de-obra. Entre os anos 1970 e 1990, o Brasil, a Coréia do Sul e Taiwan eram os principais produtores e exportadores de calçados do mundo em desenvolvimento. Com o aumento do custo salarial dos países asiáticos, decorrente do avanço de seus processos de industrialização, as vendas externas deles foram superadas pelas exportações de outras economias, tais como: China, Indonésia e Vietnã. A avaliação das variações na qualidade dos calçados brasileiros exportados, bem como das estratégias praticadas pelas empresas nacionais do setor são objetivos deste estudo. A partir da análise da qualidade das vendas externas, medida pelo Valor médio (VM) e pelo Valor médio relativo (VMR), observou-se, sob a ótica da origem, perda da participação das regiões Sul e Sudeste e aumento da participação da região Nordeste, nas exportações de calçados de plástico injetável, de plástico montado e de couro. Mesmo que essa transferência tenha promovido a capacitação das novas empresas instaladas no Nordeste, as funções que agregam mais valor ao produto se mantiveram concentradas no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Por sua vez, nos segmentos de matérias têxteis, as exportações dos estados gaúcho e nordestino apresentaram melhoria da qualidade, enquanto os outros calçados ganharam competitividade...