O protagonismo infantil no foco das práticas formativas da professora coordenadora na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Zanfelice, Natalí Angela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214513
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo geral compreender a prática pedagógica da professora coordenadora atenta ao protagonismo infantil e ao protagonismo das professoras na escola. Trata-se de uma pesquisa narrativa, com base em Lima, Geraldi e Geraldi (2015), a partir da qual trago como objeto de estudo minha própria experiência como professora coordenadora e minha prática formativa na relação com quatro professoras de uma escola de educação infantil da Rede Municipal de Ensino de Rio Claro. Nesse sentido, resgato os acontecimentos vividos com as professoras no contexto da Hora de Trabalho Pedagógico Individual (HTPI) e com os respectivos alunos das turmas selecionadas no espaço de sala de aula e/ou outros espaços da escola. A produção de dados se deu através de: a) meu diário de campo contendo narrativas sobre os encontros com as professoras nas HTPI, b) gravação dos referidos encontros que foram transcritos; c) meu diário de campo contendo observações e intervenções em sala de aula e nos demais espaços da escola durante interações com as crianças; d) diários de bordo das professoras. Além desses materiais, considerei como materiais complementares o Projeto Político Pedagógico (PPP), o Plano de Trabalho da escola e as produções escritas na Avaliação Final do ano letivo de 2019. Os dados produzidos foram analisados a partir do paradigma indiciário, evidenciado por Ginzburg (1989), que mostra a importância da captação de indícios, detalhes, que muitas vezes passam despercebidos estando na concretude do cotidiano da escola e que só podem ser notados no próprio movimento de escrita da pesquisa. Desta forma, tais indícios e detalhes referem-se, neste caso, aos olhares das professoras e da professora coordenadora sobre como se configuram os diferentes espaços e ambientes com práticas significativas de modo que se afirme o protagonismo das crianças na escola de educação infantil; os indícios referem-se também ao olhar em relação ao protagonismo das professoras na escola. As discussões acerca do protagonismo infantil se dão através do levantamento das pesquisas recentes sobre este tema, selecionadas na base de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) considerando o período de 2015 a 2019; através do diálogo com os documentos que normatizam a educação infantil no Brasil e em Rio Claro/SP e com a Pedagogia-em-Participação e a abordagem de Reggio Emilia. A partir dos indícios, as lições apresentadas dizem sobre as crianças protagonistas durante as brincadeiras, durante a produção e desenvolvimento de projetos, nas discussões sobre as práticas documentadas, em situações nas quais legitimam a circulação de suas vozes e quando são chamadas a participarem das avaliações. Dizem respeito também à importância das práticas formativas atentas ao protagonismo das professoras no contexto escolar e que possibilitem reflexões sobre as práticas que oportunizem o protagonismo infantil, o que reflete também a necessidade de olhar para o estabelecimento de um ambiente dialógico na escola, onde as práticas pedagógicas sejam colocadas em reflexão (não em comparação) para que se possa avançar nas discussões acerca dos objetivos relacionados à educação infantil e suas especificidades.