Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Mayk Ricardo dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214738
|
Resumo: |
Ao longo da gestação, a placenta cria um microambiente no qual células geneticamente distintas permanecem em contato e equilíbrio funcional. No entanto, o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) definido como qualquer grau de intolerância à glicose, iniciado ou detectado pela primeira vez na gestação, quando não tratado pode levar a resultados adversos maternos, placentários e, consequentemente, para o feto/recém-nascido. Nosso grupo de pesquisa tem investigado a proteína anti-inflamatória anexina A1 (ANXA1) em diferentes contextos gestacionais, incluindo placentas de gestações de risco, como aquelas associadas com as infecções por Toxoplasma gondii e Zika vírus. Com estas considerações, no presente trabalho foram avaliadas placentas de gestantes diabéticas (DMG) comparando com controles não diabéticos (ND) e, ainda, nas regiões do labirinto e zona juncional da placenta de camundongos BALB/c selvagens (WT) e nocautes para AnxA1 (Anxa1 -/-) com o objetivo de consolidar os resultados obtidos nas placentas humanas. As placentas foram avaliadas histologicamente e a expressão da ANXA1 foi relacionada com a modulação dos marcadores de sobrevivência celular, na presença de dano ao DNA e apoptose. As expressões de ANXA1, danos ao DNA (8-Hidroxiguanosina e γH2Ax), enzimas da via de reparo por excisão de base, BER, (OGG-1 e APE-1) e apoptose (caspase-3 clivada) foram detectadas por imuno-histoquímica em vilos placentários humanos (região fetal da placenta) e nos animais (regiões do labirinto e zona juncional). A intensidade das expressões proteicas foi medida por densitometria citoplasmática, e pela relação de núcleos marcados por área vilosa. Histopatologicamente, as placentas DMG apresentaram alterações estruturais como desorganização das células trofoblásticas, predomínio de nós sinciciais e regiões fibrinoides. A expressão da ANXA1 foi reduzida no sinciciotrofoblasto viloso, enquanto ocorreu aumento no dano ao DNA, diminuição da expressão das enzimas envolvidas no BER e aumento do processo de apoptose. Resultados semelhantes foram observados nos camundongos Anxa1 -/-, confirmando o papel da proteína ANXA1 na resposta celular placentária. Em conjunto, nossos dados sugerem que a ANXA1 nuclear tem envolvimento com o DNA danificado, modulando a resposta celular no DMG. Este fato pode representar um avanço nas investigações relacionadas com os mecanismos envolvidos na biologia placentária, e consequente prevenção dos resultados perinatais adversos nas gestações de risco. |