Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Villota Cerón, Diana Elizabeth [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204609
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Resumo: |
O avanço do conhecimento das interações planta-animal é considerado importante para a restauração de ecossistemas inteiramente funcionais. Os processos de remoção de sementes e herbivoria de mudas são considerados filtros ecológicos determinantes no estabelecimento da comunidade vegetal nos primeiros anos de restauração. Porém, pouco se sabe ainda da influência que exercem os atributos dos ecossistemas restaurados na dinâmica destes processos e, consequentemente, na estrutura da comunidade regenerante. Avaliamos a remoção de sementes e herbivoria de mudas em três sistemas de restauração florestal, dos quais, dois foram restaurados ativamente (contrastantes entre si, quanto aos objetivos, composição, número de espécies plantadas e arranjo espacial) e um restaurado passivamente, estabelecidos há mais de 20 anos. Utilizamos um fragmento de floresta nativa (Floresta Tropical Estacional Semidecidual) próximo à área experimental como ecossistema de referência. Instalamos estações de exclusão de sementes para diferentes grupos de consumidores: insetos, roedores e aves; com o intuito de elucidar o efeito do sistema de restauração e da interação com o grupo funcional de consumidores na remoção de sementes de quatro espécies arbóreas de diferentes grupos sucessionais e de síndromes de dispersão (Pioneiras: Schinus terebinthifolius Raddi e Tabernaemontana hystrix Steud; não pioneiras: Pterogyne nitens Tul. e Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan). Por sua vez, transplantamos mudas destas espécies com o fim de avaliarmos a herbivoria e o efeito dos danos foliares sobre o crescimento das mudas, bem como o papel das defesas das plantas (saponinas, dureza da folha e nitrogênio) na limitação da herbivoria. No geral, as taxas de remoção de sementes foram baixas e diferiram entre sistemas de restauração ativa e passiva. Porém foram semelhantes à taxa de remoção de sementes da mata nativa. Nós encontramos efeito da interação dos sistemas de restauração e do agente consumidor na remoção de sementes. Os sistemas de restauração ativa e o fragmento de floresta nativa favoreceram a remoção de sementes pelos roedores e aves, unicamente na espécie Tabernaemontana hystrix, de dispersão zoocórica. Porém, os insetos foram o principal agente de remoção das sementes das espécies testadas em sua totalidade, independentemente do sistema de restauração. Encontramos diferença de porcentagem de herbivoria em função do sistema de restauração. As mudas sofreram maiores danos no sistema menos complexo (sistema de restauração passiva) e menor nos sistemas mais complexos (sistemas de restauração ativa). Apenas o crescimento de P. nitens foi influenciado negativamente pela herbivoria. Encontramos padrões de herbivoria, de acordo com os atributos de defesa das folhas de cada espécie arbórea. No geral, as saponinas reduziram a herbivoria dos indivíduos. Discutimos as implicações destas descobertas sobre a recuperação de funções ecológicas dos diferentes sistemas de restauração após 20 anos de implantados, com base nos padrões de remoção de sementes e herbivoria de mudas. |