Concepções de professoras de educação infantil sobre um programa de formação continuada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Célia Regina da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181324
Resumo: A formação continuada de professores em serviço ganha destaque no Brasil a partir da Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que traz essa formação como um direito dos professores. A partir dessa Lei, o Ministério da Educação, por meio das Secretarias Municipais e Estaduais de Educação, investiu em programas de formação continuada que são alvos de críticas de muitos pesquisadores como Candau (1996), García (1999), Canário (2002), Nóvoa (1995; 2008), Imbernón (2010), que veem, como a verdadeira formação continuada, a que acontece na escola, entre os professores, a partir da identificação das necessidades formativas do grupo. Para Salles e Russeff (2003) e Nunes et al. (2005), o poder público tem o papel de implementar políticas de formação continuada, e sua qualidade e consonância com as necessidades formativas dos professores não estão relacionadas ao fato de a formação acontecer na própria escola ou fazer parte de uma política pública maior. Inclusive, para Salles e Russeff (2003), a crítica à formação continuada como política pública de governo, assim como a ideia de que a formação continuada deve ocorrer somente nas escolas sob a responsabilidade dos professores, é oriunda de uma política neoliberal que, entre outras coisas, retira do Estado a responsabilidade pela educação de qualidade. Diante desse contexto, por meio da pesquisa aqui apresentada, busca-se analisar um programa de formação continuada em serviço desenvolvido no município de São José do Rio Preto, no período de 2012 a 2016, identificando suas contribuições e limitações na formação de professores que atuam com crianças de três a cinco anos de idade. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, cujos dados foram coletados por meio da análise de documentos e questionários que foram enviados para cerca de 700 professoras da rede, obtendo respostas de 327. A caracterização das participantes mostra um grupo majoritariamente de mulheres, com um número elevado de professoras com formação em curso superior e pós-graduação. As limitações do Programa praticamente não são apontadas e a avaliação é positiva por quase todas as participantes no que se refere a trazer colaborações para os seus trabalhos. O Programa teve limitações, uma delas é ser uma formação com temas e pautas iguais para todas as docentes, porém, ainda que seja um programa de governo, e por isso se aproximar do que Candau (1996) chama de modelo “clássico”, também tem características que a autora chama de “nova perspectiva”.