Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Laís Naiara Honorato [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/194141
|
Resumo: |
A figueira é uma frutífera de clima temperado já difundida em diversas regiões do Brasil, entretanto, dentre as cultivares disponíveis, predominantemente Roxo de Valinhos tem sido cultivada comercialmente. Essa frutífera requer frio para garantir o sucesso da brotação, entretanto, existem poucas informações na literatura sobre o assunto, o que pode ocasionar em determinações inadequadas de cultivo, para regiões com tipos climáticos distintos. Nesse contexto, objetivou-se avaliar a fisiologia e fenologia da brotação de estacas de cultivares de figueira, submetidas ao frio artificial. As estacas das cultivares Roxo de Valinhos, Brown Turkey, Pingo de Mel, Troyano e White Genova foram coletadas no final do inverno e padronizadas com 20 cm de comprimento. Posteriormente, foram acondicionadas em câmara fria (8±0,5ºC) e submetidas a 0, 40, 80, 120 e 160 horas de frio artificial. Para fenologia da brotação, realizou-se o teste biológico de “estacas de nós isolados”, sendo as estacas de 7 cm colocadas em condições controladas (23±1ºC, UR 85% e fotoperíodo de 16 horas). Quanto à fisiologia da brotação, determinou-se as atividades da SOD e da POD, e os teores de carboidratos e de nitrogênio total. Para fenologia da brotação avaliou-se a velocidade, tempo médio e taxa final de brotação, taxa de brotações vigorosas e tempo médio para surgimento de folhas abertas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas. As cultivares de figueira comportaram-se diferentemente quando foram expostas aos níveis de acúmulo de horas de frio, promovendo alterações fisiológicas e fenológicas tanto no repouso vegetativo quanto na brotação das gemas, confirmando que responderam de forma diferente às condições climáticas de cada ciclo agrícola. ‘Roxo de Valinhos’ e ‘Pingo de Mel’ exigiram menos HF para quebrar a dormência, enquanto ‘Troyano’ exigiu mais. O teste biológico de “estacas de nós isolados” permitiu avaliar a saída do repouso vegetativo e a fenologia entre as cultivares de figueira. Variações no tempo médio de brotação e na taxa final de brotação de cultivares de figueira podem estar relacionadas às exigências de baixas e altas temperaturas. Em uma escala de menor para maior exigência em horas de frio artificial para brotação das gemas, as cultivares foram classificadas em: Pingo de Mel < Roxo de Valinhos < Brown Turkey < White Genova < Troyano. As cultivares avaliadas possuem potencial para diversificação da ficicultura nacional, além do figo ‘Roxo de Valinhos’, tradicionalmente cultivado. Este primeiro relato sobre a necessidade de baixas temperaturas das estacas de figueira no Brasil, facilitará a criação de programas de melhoramento genético para cultivares com baixo requerimento de frio. |