Respostas antioxidantes de cultivares de cana-de-açúcar tolerantes à seca e a herbicidas ao déficit hídrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paula, Ricardo Jardim de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181995
Resumo: A seca é um problema substancial que afeta negativamente parte das áreas de cultivo de cana-de-açúcar, o que limita a produção das lavouras. O déficit hídrico provoca uma redução no crescimento e desenvolvimento das plantas devido à superprodução descontrolada de espécies reativas de oxigênio (ERO). Por outro lado, a aplicação de herbicidas para controle de plantas daninhas é uma estratégia muito usual de manejo nas culturas para manter altos índices de produtividade, mesmo quando as culturas são afetadas por condições adversas, como a seca. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar as diferentes respostas bioquímicas e no crescimento de duas cultivares de cana-de-açúcar, um tolerante à seca (CTC 9002) e outra tolerante a herbicidas (CTC 2), que caracterizem maior tolerância a condição de déficit hídrico associada à aplicação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial triplo 2 x 2 x 3, sendo o fator cultivares CTC2 e CTC9002, fator condição hídrica de 70% ou 35% da capacidade de campo e fator herbicida, ametrina (1750 g i.a. ha-1), sulfentrazone (700 g i.a. ha-1) ou sem aplicação. A peroxidação lipídica, as concentrações de H2O2 e prolina; as atividades antioxidantes das enzimas superóxido dismutase (SOD, EC 1.15.1.1), catalase (CAT, EC 1.11.1.6), ascorbato peroxidase (APX, EC 1.11.1.11), glutationa redutase (GR, EC 1.6.4.2); e o acúmulo de massa seca da parte aérea e da raiz foram analisados. A aplicação do herbicida ametrina foi prejudicial às plantas de cana-de-açúcar em decorrência da maior peroxidação lipídica e redução na massa seca das raízes. O aumento da atividade da GR em resposta à aplicação do herbicida sulfentrazone indica que esta enzima pode estar relacionada a um dos mecanismos de tolerância deste grupo de herbicidas. A cultivar CTC2 apresentou aumento da atividade das enzimas APX e SOD quando submetida à aplicação dos herbicidas em relação ao cultivar CTC9002. A CTC2 é tolerante aos herbicidas ametrina e sulfentrazone em relação a CTC9002, principalmente após 7 dias da aplicação. Após 28 dias de déficit hídrico, houve aumento na atividade da enzima APX, o que indica que essa enzima está relacionada ao mecanismo de defesa a essa condição de estresse, contudo, nenhuma das cultivares apresentou diferenças na produção de ERO e no crescimento. A combinação de estresses abióticos envolve uma rede complexa de respostas bioquímicas. Os parâmetros avaliados em ambas cultivares submetidas a aplicação de herbicida sob déficit hídrico não indicam características bioquímicas que pudessem caracterizá-las como tolerantes aos estresses combinados.