Variação espacial nas interações entre o palmito Euterpe edulis e as aves frugívoras: implicações para a dispersão de sementes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Côrtes, Marina Corrêa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/87840
Resumo: A investigação da identidade dos frugívoros e da remoção de sementes pelos dispersores é o primeiro passo para se compreender os processos envolvidos na estrutura populacional de uma planta. Porém, a assembléia de aves assim como os padrões de interação planta-dispersores podem variar em múltiplas escalas. Assim, objetivou-se responder às seguintes questões gerais: (i) Como varia a frugivoria ao longo de um gradiente espacial? e (ii) Como os fatores estruturais do micro-ambiente e intrínsecos da planta influenciam a frugivoria em diferentes ambientes? Para isso o estudo foi desenvolvido em três tipos florestais localizados ao longo de um gradiente altitudinal de Mata Atlântica, na Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. A planta estudada foi a abundante palmeira Euterpe edulis, cujos frutos são intensivamente consumidos por uma grande gama de vertebrados, principalmente aves. Foram realizadas observações árvore-focal em 102 palmitos distribuídos na vegetação de Restinga, floresta de Planície e floresta de Encosta. Além disso, foram mensurados 9 fatores, incluindo características individuais das árvores observadas e aspectos estruturais do micro-ambiente. A frugivoria variou significativamente entre os tipos florestais de modo que ambientes contíguos apresentaram-se mais similares, principalmente quando localizados no mesmo nível altitudinal. Somando todas as observações, foram vistas 22 aves consumindo frutos de palmito, sendo que apenas 13 foram registradas nos focais. As aves da família Muscicapidae, Cotingidae e Ramphastidae foram os dispersores mais importantes, sendo que os componentes quantitativos variaram entre espécies e entre ambientes. Poucos fatores influenciaram a atividade dos dispersores. Quando separados em dois grupos, Muscicapidae e grandes frugívoros, alguns fatores foram especialmente importantes para os últimos de acordo com a área...