Monitoramento da resistência à antimicrobianos na aquicultura: Isolamento e infecção experimental de tilapia do nilo com klebsiella pneumoniae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Daiane Vaneci da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192775
Resumo: O surgimento de enfermidades em peixes, principalmente de origem bacteriana, tem aumentado significativamente nos últimos anos. Esse fato, está associado a fatores, como a intensificação da produção aquícola, manejos errôneos, ausência de medidas sanitárias preventivas e principalmente, má qualidade de água. Sabe-se que, a microbiota dos peixes é idêntica a microbiota da água em que está inserido, o que tem provocado o aumento crescente do número de gêneros bacterianos encontrados nos peixes, incluindo a ocorrência de patógenos de interesse em saúde pública. Coliformes termotolerantes, Enterococcus, Clostridium perfringens, Staphylococcus spp., Salmonella, Citrobacter freundii, Enterobacter aerogenes, Acinetobacter spp., Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae são alguns dos inúmeros patógenos que acometem humanos severamente e estão sendo encontrados comumente em organismos aquáticos. Essas bactérias em contato com humanos seja através de contato tópico direto e manipulação com feriadas abertas, ou mesmo com a ingestão de pescado cru ou mal cozido, podem ocasionar danos severos, inclusive com risco de morte. Dentre estes, destaca-se a K. pneumoniae, um patógeno oportunista que compõe naturalmente a microbiota do trato gastrointestinal de humanos e animais saudáveis e está associado a infecções no trato urinário, além de apresentarem resistência a um elevado número de antimicrobianos, e vem sendo relatado em diversos países. Com intuito de combater esses microrganismos, evitar danos severos aos peixes, e consequentemente aos consumidores, antimicrobianos são utilizados para o tratamento desses patógenos. Entretanto, no Brasil, existem apenas duas moléculas licenciados para uso na aquicultura, o florfenicol e a oxitetraciclina. Devido a carência de produtos licenciados, a prática errônea de se utilizar produtos não licenciados torna-se cada vez mais comum. Assim, a utilização de antimicrobianos na produção animal de forma indiscriminada e sem critérios tem contribuído para o aumento da resistência antimicrobiana, contaminação ambiental e consequentemente a qualidade inadequada do pescado, pontuando a necessidade de medidas alternativas que visem solucionar esta problemática. Diante do exposto, a utilização de fitoterápicos, que são medicamentos à base de plantas medicinais, utilizados no controle de doenças vem ganhando força ao longo dos anos. A utilização desses compostos como alternativa para o tratamento de doenças em peixes está amplamente relacionada às suas ações antioxidantes e efeitos anti-inflamatórios, além de ser utilizado no tratamento de patógenos, também são fornecidos aos animais como imunoestimulantes, melhorando a resistência a doenças e prevenindo infecções.