Viabilidade do parasitismo por Haemonchus placei em caprinos (Capra hircus) experimentalmente infectados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Isabella Barbosa dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153384
Resumo: A caprinocultura é considerada um segmento de grande importância em agronegócios no país, gerando importante fonte de carne e leite, principalmente na região Nordeste. Entretanto, este criatório sofre grandes perdas econômicas devido às parasitoses que acometem o trato digestório. Dentre estas, destaca-se, o gênero Haemonchus, cujas espécies H. contortus e H. placei parasitam abomaso de caprinos e bovinos, respectivamente, havendo possibilidade de infecção cruzada dessas duas espécies helmínticas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a viabilidade do parasitismo por H. placei em caprinos e compará-la à patogenicidade por H. contortus. Foram utilizados 14 caprinos, recém-nascidos, mantidos em gaiolas metálicas de piso suspenso, assim distribuídos: GI - quatro cabritos inoculados com 5000 larvas infectantes (L3) de H. placei, GII – quatro infectados com 5000 larvas infectantes (L3) de H. contortus, GIII – quatro animais inoculados com 2500 larvas L3 de H. contortus + 2500 H. placei e GIV – dois cabritos que receberam apenas água (controle). Exames de contagem de ovos de estrongilídeos por grama de fezes (OPG) foram realizados diariamente, após o 7º dia da inoculação. Os períodos pré-patentes foram de 24 dias para H contortus e de 31 dias para H. placei. O grupo inoculado apenas com H. placei apresentou médias de OPG inferiores quando comparado aos demais grupos. Decorridos 42 dias pós-infecção, os 14 caprinos foram eutanasiados e necropsiados, sendo coletados “in totum” os exemplares de Haemonchus. O grupo I apresentou média de 25,5 espécimes H. placei, o grupo II média de 619,5 de exemplares de H. contortus, o grupo III média de 120 exemplares de H. placei e 604,75 de H. contortus e no grupo IV nenhum helminto foi diagnosticado. Não foram constatadas quaisquer outras espécies e nem formas imaturas de Haemonchus no trato gastrintestinais dos caprinos. Fragmentos do abomaso foram coletados e armazenados em formol tamponado para análise histopatológica. Foram observados no grupo I lesões microscópicas leves apenas com poucos focos inflamatórios. Nos grupos II e III foram diagnosticadas lesões extensas, como edemas, focos inflamatórios difusos, infiltrado de eosinófilos, diminuição das células parietais. No grupo IV nenhuma alteração histopatológica foi diagnosticada. Nas condições desse estudo, a espécie caprina foi razoavelmente susceptível ao parasitismo por Haemonchus placei, sendo esse parasitismo mais proeminente nos animais que receberam infecção mista (H. placei + H. contortus).