Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Hasimoto, Claudia Nishida [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138208
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Resumo: |
Introdução: A obesidade é o acúmulo de gordura anormal ou excessiva que representa um risco potencial à saúde. A cirurgia bariátrica consiste em uma alternativa de tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, permitindo uma perda de peso expressiva e duradoura com consequente melhoria das comorbidades associadas. A obesidade está associada a alterações da mecânica ventilatória e constitui um fator de risco para o desenvolvimento de complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgias abdominais. Objetivo: Verificar se os testes de função respiratória, de força muscular respiratória e de exercícios são capazes de predizer complicações no pós-operatório em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Método: Foram avaliados 174 pacientes (81% mulheres) submetidos à cirurgia bariátrica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Todos os pacientes foram submetidos à medidas antropométricas, testes de espirometria, medida de pico de fluxo expiratório, manovacuometria, teste de caminhada de seis minutos e teste de escada. Os dados foram colhidos no período pré-operatório e correlacionados com as complicações pós-operatórias, incluindo as complicações cardiopulmonares e cirúrgicas. Resultados: A média de idade foi de 41,59 ± 10,70 anos. O índice de massa corpórea variou de 35,44 a 62,79 Kg/m2, com média de 46,74 ± 6,35 Kg/m2. As comorbidades mais prevalentes foram: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia e hipotireoidismo. A taxa de complicação pós-operatória foi de 5,75% (10/174), a taxa de complicação cardiopulmonar de 2,3% (4/174) e a taxa de complicação cirúrgica de 3,45% (6/174). Pela correlação linear de Pearson a variável tempo de internação apresentou correlação com a variável complicação cardiopulmonar (CCP) (r=0,73, p<0,001) e o tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (t UTI) se correlacionou com a saturação de oxigênio antes do início do teste de caminhada (r= -0,16, p=0,05) e com a pressão expiratória máxima, medido em porcentagem do predito (r= -0,16, p=0,04). Na regressão linear simples, a variável t UTI apresentou correlação com a variação da saturação de oxigênio no teste de caminhada (p=0,03). Enquanto que a variável tempo de internação hospitalar (t internação) apresentou correlação com CCP (p<0,0001). Na regressão logística a variável t UTI apresentou correlação com a saturação de oxigênio depois do término do teste de caminhada (OR: 0,69; IC: 0,52-0,93) Conclusão: Os testes cardiopulmonares não foram capazes de estratificar os pacientes que apresentaram complicações no pós-operatório de cirurgia bariátrica. O único parâmetro avaliado que apresentou relação com os desfechos pós-operatórios foi a saturação de oxigênio após o teste de caminhada, com t UTI (quanto menor a saturação em 1 ponto percentual aumenta em 7 vezes o tempo de internação em UTI). As complicações cardiopulmonares pós-operatórias e o tempo de internação não apresentaram correlação com nenhuma variável nos modelos estudados. |