Ferramentas quimiométricas para avaliação do perfil químico e biológico do fungo endofítico Hypomontagnella monticulosa isolado da alga vermelha Dichotomaria marginata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Moura, Lucas Henrique Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239399
Resumo: Estudos relacionados ao bioma marinho, evidenciam uma rica fonte de substâncias bioativas provenientes de esponjas, moluscos e macroalgas, onde as algas vermelhas (Rhodophyceae) são consideradas uma das principais fontes produtoras de substâncias bioativas dentre as macroalgas. Fungos endofíticos de origem marinha, tornaram-se uma alternativa para a bioprospecção de novos metabólitos durante os últimos anos. Estudos anteriores, realizados em nosso grupo de pesquisa com a alga vermelha Dichotomaria marginata, permitiram isolar a linhagem de Hypomontagnella monticulosa, cujo extrato de sua incubação apresentou atividade contra inibição de crescimento bacteriano e atividade inibitória de protease. A fim de se aprofundar mais sobre o fungo, utilizou-se da quimiometria e redes moleculares (GNPS), no intuito de se observar a variação metabólica durante seu crescimento fúngico e, principalmente a variação do perfil químico quando inserido diferentes parâmetros durante seu cultivo, utilizando-se das técnicas de HPLC-DAD, LC MS, GC-MS e UPLC-ESI-QqTOF-MS/MS, para análise do perfil químico e elucidação estrutural pelas técnicas de Infravermelho e RMN de 1H e 13C. Foi possível isolar uma lactona tetracíclica tetraidroxilada 2,8,10,10-tetraidroxi-6,10- diidro-5H-fluoreno[4,5-bcd]oxepin-5-ona, também denominada como Hypoxepinona A, uma substância ainda não relatada na literatura. Verificou-se a atividade antibacteriana, anticolinesterásica, fungicida e larvicida frente ao Aedes aegypti, onde os extratos e substância isolada não apresentaram atividade significativa. Em contrapartida, os extratos apresentaram alta citotoxicidade contra linhagem de carcinoma colorretal humano (HCT116) e câncer de mama humano (MCF7), a uma concentração de 50 μg.mL-1 . A utilização de ferramentas quimiométrias auxiliou na observação da variação metabólica do fungo nos diferentes períodos de crescimento, bem como a variação quando inseridas variáveis externas durante seu crescimento promovendo uma maior quimiodiversidade, contribuindo para estudos de bioprospecção do ambiente marinho, bem como para uma melhor compreensão do metabolismo do fungo H. monticulosa.