Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Guagnoni, Igor Noll |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214544
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Resumo: |
Os ajustes cardiovasculares que ocorrem após a alimentação são essenciais para suprir as demandas da digestão em vertebrados. Répteis carnívoros, por exemplo, apresentam ajustes cardiovasculares de grande magnitude em resposta ao intenso incremento no metabolismo aeróbio. Dentre estes ajustes, o mais bem documentado é a taquicardia pós-prandial desencadeada pela redução da atividade vagal conjuntamente à atuação de fatores não--adrenérgicos e não-colinérgicos (NANC). Entretanto, os répteis estudados até o momento são carnívoros, que se alimentam infrequentemente e que ingerem grandes presas em relação ao seu tamanho corporal, evidenciando uma lacuna no conhecimento acerca dos ajustes fisiológicos pós-prandiais dos répteis herbívoros. Considerando que as características alimentares dos animais possuem grande influência nas respostas fisiológicas pós-prandiais, o presente trabalho investigou as respostas do metabolismo aeróbio e do sistema cardiovascular, assim como seus respectivos mecanismos de controle autonômico, em um réptil herbívoro de alimentação frequente submetido a alimentação voluntária com pequenas porções de alimento em relação ao seu tamanho corporal (3,5%) – o lacertílio Iguana iguana (Squamata: Lacertilia). Para isso, o consumo de oxigênio (VO2), a frequência cardíaca (fH), a pressão arterial média (PA média), a atividade do miocárdio (produto entre a fH e a pressão arterial sistólica), o tônus autonômico cardíaco, a variabilidade da fH e da PA média e a eficiência do barorreflexo foram avaliados em animais em jejum e em digestão. Os resultados revelaram que 20 horas após a ingestão do alimento os lagartos atingiram com incremento máximo na VO2. Os resultados também revelaram que a digestão em I. iguana é marcada por uma taquicardia de magnitude relativamente pequena, determinada exclusivamente por uma redução da atividade parassimpática cardíaca – sendo o primeiro caso reportado em vertebrados terrestres no qual os fatores NANC não auxiliam neste ajuste. Por fim, foi evidenciado que a digestão provoca uma redução na eficiência do barorreflexo, prejudicando a responsividade do nodo sinoatrial frente às oscilações na pressão arterial. |