Avaliação da utilização de Resíduos Eletroeletrônicos (REEE) incorporados ao concreto em substituição ao agregado graúdo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Almeida, Flávia Florentino de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151876
Resumo: Uma das alternativas para a destinação de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (REEE), termo adotado no Brasil e tradução literal do inglês Waste Eletronic and Electrical Equipament (WEEE), é a reciclagem. Em geral os metais presentes nesses resíduos apresentam maior interesse para as recicladoras, porém as carcaças dos equipamentos constituídas por polímeros acabam sendo destinadas a aterros. O presente trabalho apresenta uma forma simples e barata de se agregar valor a esse resíduo, tornando-o mais vantajoso financeiramente. Um estudo do comportamento do concreto com adição de polímeros fracionados provenientes de carcaças de equipamentos eletroeletrônicos descartados em substituição a parte do agregado graúdo é apresentado. Para isso foi feita a caracterização dos polímeros proveniente do REEE e foi estudado o comportamento de corpos de prova produzidos com adição de 5%, 8%, 10%, 15% e 20% em massa desse resíduo, mantendo um traço sem incorporação para comparação. O agregado graúdo obtido a partir dos polímeros advindos do REEE tem predominância da sua granulometria na faixa dos 6,3 mm, são identificados como sendo constituídos por HIPS (High Impact Polystyrene), e apresentam-se como material hidrofílico possibilitando boa interação com argamassa de cimento e água. Os concretos obtidos com até 20% de incorporação desse resíduo apresentam densidade superior a 2,0g/cm3, permitindo classifica-los como um concreto estrutural normal. O aumento da porcentagem de incorporação de REEE ao concreto leva a uma diminuição da resistência a compressão, porém esse valor é sempre superior a 20 MPa, identificando-o como um concreto de resistência média. A incorporação desse resíduo, devido ao seu formato, contribui com uma característica semelhante a de utilização de fibras em concreto impedindo o rompimento completo dos corpos. Esses resultados evidenciam a viabilidade de se incorporar REEE ao concreto, possibilitando uma valorização desse resíduo como agregado graúdo para concreto.